Há canções que nos tocam de maneira profunda, despertando sentimentos difíceis de explicar. Uma nova pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (29/1) buscou entender esse impacto e revelou que "Something in the Way", do Nirvana, é oficialmente a música mais triste já gravada. Um estudo conduzido pela especialista em música Analiese Micallef Grimaud, em parceria com a empresa de dados HappyOrNot, analisou quais são as canções mais felizes e mais tristes de todos os tempos. O resultado revelou que a faixa do álbum “Nevermind” (1991) não mexe com nossos sentimentos à toa.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores partiram de listas de músicas felizes e tristes publicadas pelas revistas “Rolling Stone” e “NME”, combinando essas escolhas com dados de reproduções no Spotify. Em seguida, a análise levou em conta fatores como tempo, dinâmica, alcance tonal, valores de frequência e modo das canções.
Grimaud explica que, de acordo com sua pesquisa, as características musicais que transmitem tristeza incluem um tempo lento, modo menor, articulação legato, níveis dinâmicos suaves, tons mais graves e um timbre escuro. “Something in the Way” gabaritou essas características, tornando-a a mais triste entre todas as músicas analisadas, declarou a pesquisadora.
O estudo também identificou outras canções que figuram entre as mais melancólicas, todas da década de 1990. Entre elas estão “Everybody Hurts”, do R.E.M., “Tears in Heaven”, de Eric Clapton, “Nutshell”, do Alice in Chains, e “Black”, do Pearl Jam.
A música mais feliz
Na outra ponta do espectro emocional, a pesquisa apontou que a canção mais feliz de todos os tempos é “Happy”, de Pharrell Williams, lançada em 2013. Segundo Grimaud, elementos como tempo acelerado, tonalidade maior, dinâmica alta, articulação staccato e um timbre brilhante contribuem para transmitir sensações de alegria.
Outros hits que aparecem no ranking das músicas mais felizes incluem “Hey Ya!” (2003), do Outkast, “Girls Just Wanna Have Fun” (1983), de Cyndi Lauper, “Don’t Stop Me Now” (1979), do Queen, e “Feeling Good” (1965), de Nina Simone.