Vivendo uma realidade diferente nos últimos meses, com a gestão do Atlético dirigida pela SAF, a diretoria atleticana realizou mudanças nos processos do clube e tem buscado números positivos quando o assunto é a condução do departamento de futebol.
Em entrevista exclusiva ao repórter Igor Assunção, da Rede 98, o CEO do Atlético, Bruno Muzzi trouxe detalhes importantes sobre a gestão do futebol do Galo. O primeiro ponto foi a questão operacional, que para Muzzi, precisa ser “positivo”.
“Quando eu falo operacional, estou falando de salários, viagens, receitas recorrentes, sem venda de atleta. Isso é muito importante que seja positivo. É possível que a folha esteja dentro de um limite percentual daquilo que fatura. Estamos neste momento de transição. A gente tem 116 anos que isso é negativo. Agora a nossa meta é tentar tornar isso positivo para esse ano. Se a gente vai conseguir ou não, nós estamos buscando”.
Muzzi acrescenta que o processo pode sofrer oscilações.
“Oscila muito, uma desclassificação antecipada, uma classificação avançando e isso pode melhorar, um patrocínio que a gente não conseguiu fazer dentro do planejamento. Então tem uma série de oscilações, mas o que é importante é que toda a diretoria, hoje, tem uma missão clara e um objetivo claro do que precisa ser feito. Ninguém sai atirando sem saber o que tem que ser feito. Então esse objetivo”.
Outro ponto citado por Bruno Muzzi é tornar o fluxo de investimento positivo. O CEO do Atlético entende a dificuldade, mas que o clube, hoje, compra mais do que vende e que é necessário reverter este quadro.
“Um segundo objetivo que é muito importante é tornar o fluxo de investimento positivo. Isso é difícil. O Atlético acaba comprando mais do que vendendo. E a gente precisa reverter essa equação. Meu objetivo é fazer com que isso fique zero a zero. Aquilo que eu comprei, eu preciso vender. Então, eu preciso fazer esse fluxo zero a zero. Mas o objetivo no médio, longo prazo, é fazer com que a gente venda mais do que comprar, para tornar esse fluxo também positivo. Aí depende da base. A gente entra com outro planejamento estratégico, que é como comportaremos em relação a base e esse é um ponto fundamental, é transformador, e é isso que a gente precisa definir”.