O Atlético encerrou 2023 e entrou em 2024 como uma nova realidade. O Clube passou a ser Sociedade Anônima de Futebol (SAF), e tem passado por mudanças de gestão. Em entrevista exclusiva à Rede 98, CEO do Galo, Bruno Muzzi passou a limpo os primeiros meses alvinegro na atual temporada.
Ao falar sobre a SAF, o período de transição do clube entre Associação e a Sociedade Anônima do Futebol, Bruno Muzzi procurou esclarecer as dúvidas nos meses iniciais da nova gestão.
“O Atlético já vinha passando por um processo de profissionalização. Com a minha ida lá pra Arena [MRV], depois com alguns executivos aqui dentro, esse processo foi cada vez mais se tornando mais habitual, mas de fato, ele ganhou uma celeridade na hora que a SAF foi implementada, porque aí você tinha uma empresa com novos donos, com novos acionistas, com uma determinação de estratégia que vai revisando isso com frequência, e nós temos uma estratégia que a gente segue. Precisava passar por algumas reformulações, e isso, de fato, aconteceu. O orçamento é bem mais detalhado. A diretoria hoje têm ciência dos orçamentos que precisam ser precisam ser cumpridos. Os números são precisos e que a gente vem checando a cada mês com a diretoria. Eu acho que ainda vai ter um tempo de maturidade para que o orçado fique cada vez mais preciso, porque com esses números mais acurados, vai ensinando a gente a como orçar cada vez melhor e mais preciso. Acho que ainda vai demorar o tempo de maturação, mas já mudou muito”.
Bruno Muzzi acrescentou dizendo que a administração da SAF vai para a Arena MRV, e a sede da Associação ficará na Sede de Lourdes, na Olegário Maciel. Para o CEO atleticano, caberá ao Conselho decidir o que fazer com o prédio do bairro de Lourdes.
“Acho que essa é uma decisão que a Associação e seus conselheiros vão tomar, o que fazer com isso aqui. Existem diversas opções, funcionalidade, mas entendo que é uma decisão que já tem estudos diversos de imobiliário, de ficar com a Associação, ter loja, então tem alternativas que no momento oportuno os executivos da associação vão levar isso para o Conselho para poderem deliberar o que fazer ou não com a com a sede de Lourdes. Para mim o mais importante é a integração”.
Dívidas e aporte financeiro
A SAF atleticana aportou, inicialmente, R$ 913 milhões, e logo depois, outros R$ 200 milhões de outro parceiro. Bruno Muzzi detalhou a dívida do clube.
“Quando a gente fechou a transação, porque era pra ter fechado lá em maio, depois foi para junho, depois fechou uma transação em 31 de outubro. A nossa dívida era 2,1 bilhões de reais. Entrou os 913 milhões de aporte, e nós vamos fechar o ano de 2023 com 1,3 bilhão de reais. Esse ano, o planejamento era a gente alongar a dívida o máximo possível, com o objetivo de tentar reduzir as taxas que vínhamos praticando no mercado. Isso a gente já fez, Alongamos essas dívidas, reduzimos as taxas com percentual importante, e agora, com esse novo aporte [200 milhões] que ainda está na sua fase final de documentação, pretendemos chegar no final do ano com um 1,15 [bilhão]. Vamos ver como as coisas vão evoluir”.
