Um comboio de 10 ônibus com torcedores do Atlético chegou a Buenos Aires na madrugada deste sábado (30/11) para a grande final da Libertadores. Os atleticanos, porém, denunciam que a polícia argentina atrasou a chegada ao destino final desde a passagem pela fronteira.
Gabriel Rosado da Silva viajou com um amigo para acompanhar a decisão, mas não imaginava que os dois passariam tamanho “perrengue” para ver o time do coração.
“Até a fronteira entre Brasil e Argentina foi tudo tranquilo. Chegando lá, teve aquela vistoria que eles fazem nos ônibus e nos documentos. Essa vistoria demorou 1h30, mas eles fizeram a gente ficar parado lá por cerca de 7h”, conta ele, em conversa com a Rede 98.
O torcedor disse que no ônibus que ele estava havia cerca de 50 torcedores, entre idosos, crianças e até gestantes. Segundo ele, os passageiros não podiam descer para se alimentar, beber água ou usar o banheiro.
“Quando liberaram a gente, a escolta da polícia veio a 30 km/h, muito devagar, e de meia em meia hora parava a gente no meio do nada, ficamos mais 30 minutos parados, sem justificativa nem nada. Quando era 14h, muita gente começou a passar mal de fome e mesmo assim não deixavam a gente descer”, relatou.
O ônibus saiu de Belo Horizonte na quarta-feira (27/11) e a previsão de chegada em Buenos Aires era sexta-feira (29/11), às 17h. Os torcedores, porém, só chegaram ao destino neste sábado, às 4h.
“Todo mundo estava há mais de 24h sem comer nada, muita gente passando mal. Não tinha água, porque nossa água do ônibus acabou. Todo mundo estressado e cansado. Chegamos, mas com muita luta”, finalizou.
O consulado do Brasil em Buenos Aires informou que está ciente da situação e que está fazendo gestões junto às autoridades competentes.
A reportagem tentou contato com a polícia argentina para entender se esse realmente é o procedimento adotado nessas ocasiões e aguarda o retorno. Tão logo a corporação se manifeste, esta matéria será atualizada.