O presidente do Conselho Deliberativo e sócio em 10,2% das ações da SAF do Atlético, Ricardo Guimarães, suscitou dúvidas em relação a despesas feitas pelo ex-presidente do clube, Alexandre Kalil, quando de sua gestão.
Em entrevista dada ao portal GE.com, Ricardo lança suspeita sobre gastos pessoais do ex-presidente que podem ter sido pagos com dinheiro do clube.
“Ele precisa explicar porque as inúmeras viagens que ele e toda família faziam para o exterior como o Caribe, Dubai, Arábia, Paris, e outras cidades eram tratadas por funcionários do Atlético, eram organizadas pela mesma agência de viagens do Atlético, elas eram acertadas por email do Atlético. Por que alguma, parece, foram pagas com dinheiro vivo? As despesas dele no Copacabana Palace, com vários almoços, com contas acima de R$ 5 mil, R$ 10 mil, eram pagas com dinheiro de quem? Importante saber com provas documentais se ele usou dinheiro do Atlético para despesas pessoais. A administração dele precisa ser passada a limpo, e esclarecer se foi tão desonesta como a empresa de auditoria aponta”, disse.
Ricardo Guimarães também lança dúvidas sobre salários de dirigentes remunerados no clube durante o período.
“Ele, ao invés de falar mentiras, podia explicar porque tinha diretor administrativo dele que trabalhava na sede, e que chegou a ganhar em média R$ 350 mil por mês, valores de 2013 e 2014, quando o salário de mercado era de R$ 70 mil. Será que teve rachadinha no Atlético na gestão dele?”, questiona.
Na entrevista, o presidente do Conselho atleticano assume o racha entre os ex-presidentes e pontua que a gota d’água aconteceu após críticas de Kalil à gestão de Sergio Sette Câmara, sem que houvesse uma conversa prévia entre eles. Desde então, farpas públicas são trocadas e a relação vem se deteriorando dia após dia.
Pra fechar, em carta Ricardo Guimarães afirma que a gestão Kalil foi desonesta. “Existe um questionamento feito por uma empresa internacional de auditoria, que indica que a administração dele foi amais desonesta da história do Atlético. Provavelmente, até, a única desonesta”, finalizou Ricardo.