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Imagem: Reprodução/Twitter Cruzeiro

Beckenbauer enfrentou o Cruzeiro em uma final de Mundial Interclubes; Relembre!

Franz Beckenbauer morreu nesta segunda-feira (8). O ex-zagueiro e ex-treinador foi uma figura amplamente reconhecida e reverenciada no mundo da bola.


Por Vinícius Silveira

O futebol mundial perdeu mais um de seus inúmeros gênios. Franz Beckenbauer morreu nesta segunda-feira (8), em casa e rodeado de familiares. O ex-zagueiro e ex-treinador foi uma figura amplamente reconhecida e reverenciada no mundo da bola.

Ídolo do Bayern de Munique e da Seleção Alemã, tem inúmeros feitos na carreira, como ter sido campeão do mundo como jogador e treinador do selecionado alemão. No Bayern, foi eleito melhor atleta do mundo em duas oportunidades, além de ter faturado título com a equipe que era a base da Alemanha no futebol.

Um destes títulos foi o Mundial Interclubes de 1976, derrotando o Cruzeiro, então, campeão da Copa Libertadores da America, e que tinha em seu elenco jogadores que haviam sido campeões do mundo em 1970 com a Seleção Brasileira, casos de Piazza e Jairzinho, além de outros atletas que frequentemente eram convocados para a seleção canarinho, como Nelinho, Palhinha, Raul, Zé Carlos, entre outros. Era um verdadeiro privilégio para quem viu.

Na ocasião, o Mundial Interclubes não tinha a mesma forma de disputa de hoje, no formato mata-mata, e tampouco o modelo que o sucedeu, aquela única partida no Japão. Lembra? A decisão era disputada em dois jogos, cada um com seu mando de campo.

O primeiro jogo foi no Estádio Olímpico de Munique, em 23 de novembro de 1976. O gramado estava literalmente branco, coberto pela neve. Tal fator poderia ter sido um aliado do Bayern naquele jogo? Sim, é possível. Mas, inegavelmente, bola eles tinham, desde o goleiro Sepp Maier, passando pelo Beckenbauer, Kapellmann, Gerd Muller e o jovem Karl-Heinz Rummenigge, que futuramente se tornaria ídolo do Bayern e da Seleção Alemã.

O Cruzeiro foi campeão da Libertadores de 1976 com toda a justiça do mundo, pelo grande time que tinha, desde Raul, passando por Nelinho, Piazza, Eduardo, Dirceu Lopes, Palhinha, Joãozinho e Jairzinho. Naquela equipe que disputou o Mundial, ainda ganhou a presença de Pablo Forlán, um dos maiores laterais do futebol uruguaio, e pai do hoje ex-atacante Diego Forlán.

No jogo, o Cruzeiro tentou dar trabalho, imprimir seu ritmo, mas as condições climáticas foram um adversário a mais. Ao Bayern, mais a vontade jogando em casa e conhecedor de seu campo, também protagonizou um bom futebol. A partida foi tão disputada, que os gols só saíram na reta final do jogo com Müller e Kapellmann.

No jogo de volta, quase um mês depois, em 21 de dezembro de 1976, e em condições iguais, a exceção do mando do campo e a torcida celeste, que colocou quase 114 mil pessoas no Mineirão, os dois times protagonizaram um dos jogos mais bonitos daquele ano. Maier e Raul fizeram defesas incríveis em finalizações de pura qualidade e oportunismo.

Beckenbauer desfilou em campo, assim como os demais jogadores do Bayern, que teve chances de sair vencedor no placar. O Cruzeiro encarou os bávaros frente a frente, e também mereceu vencer. No final, o placar de 0 a 0 deu o título mundial a equipe alemã, mas no quesito futebol, quem teve a oportunidade de assistir Beckenbauer in loco, seja o torcedor ou a imprensa que cobriu amplamente o evento, ganhou um presente e tanto.

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