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Imagem: Redbull / Twitter / Reprodução

Max Verstappen atingirá qual patamar na história da F1?

Com apenas 25 anos, piloto holandês caminha a passos largos rumo ao terceiro título mundial da categoria


Mateus Liberato

Esporte

Graduado em Jornalismo Multimídia no Centro Universitário Una. Social Media na Rede 98.


O esporte é movido por ídolos. Atletas talentosos que inspiram e marcam gerações. Na F1 não é diferente. Nomes como Lewis Hamilton, Ayrton Senna, Michael Schumacher, Alain Prost, Juan Manuel Fangio, Jim Clark, Niki Lauda e tantos outros, deixaram o seu legado na maior categoria do automobilismo mundial. Eram geniais e sabiam extrair o melhor de seus carros. Uns mais objetivos, outros mais plásticos. Cada um com a sua característica. Todos foram brilhantes em suas respectivas gerações. Por isso dispenso as comparações.

Com o passar do tempo, a categoria evoluiu. A tecnologia se mostra cada vez mais presente na montagem dos carros. Novas regras foram estabelecidas. Novas pistas foram incluídas no calendário. O esporte foi mudando. Porém, ao contrário do que muitos pensam, bons pilotos continuaram surgindo. Infelizmente, o saudosismo exacerbado acaba mascarando o óbvio: os gênios existem.

(Verstappen / Twitter / Reprodução)

Schumacher foi superado

Quando Schumacher se sagrou heptacampeão mundial em 2004, todos achavam que seria impossível alguém igualar o recorde de títulos do alemão. O espetacular Lewis Hamilton provou que os críticos estavam errados. Antes disso, o bicampeão Fernando Alonso superou Schumacher nas temporadas 2005 e 2006 e comprovou que pilotos ‘fora da curva’ continuariam surgindo com o passar dos anos. Aliás, o espanhol é um dos mais talentosos da sua geração. Arrojado e extremamente habilidoso nas ultrapassagens. Pena que tomou decisões equivocadas durante a sua carreira.

Hamilton, Alonso e Vettel comprovaram que a fábrica de grandes pilotos continuaria produzindo talentos em grande escala. Anos depois surgiria um jovem prodígio, que faria a sua estreia com apenas 17 anos na F1, em 2015. O holandês Max Verstappen já possui dois títulos no currículo. No campeonato de 2021, travou uma épica rivalidade com Lewis Hamilton, garantindo o mundial apenas na última volta do controverso GP de Abu Dhabi daquele ano. Em 2022, foi bicampeão sem sustos com uma Red Bull bastante dominante. Em 2023, o terceiro já está bem encaminhado. Até o fechamento deste texto, são seis vitórias em oito corridas.

(Verstappen / Twitter / Reprodução)

Verstappen chegou ao Olimpo

Além da liderança no campeonato, Verstappen quebra recordes. No GP do Canadá, chegou à vitória de número 41 na carreira, empatando com Ayrton Senna. Ao lado do brasileiro, é o quinto piloto que mais ganhou GPs na história da categoria. Max só está atrás de Hamilton, Schumacher, Vettel e Prost. Superou Alonso, Mansell, Jackie Stewart, Jim Clark e Niki Lauda. Ele já se coloca entre os maiores. Está no panteão da F1. Para se ter uma ideia, Hamilton com 25 anos tinha apenas um título. Verstappen, com a mesma idade, já tem dois e encaminha o terceiro. Estamos vendo a história ser escrita.

Como disse anteriormente, o saudosismo nos impede de apreciar o presente e projetar o futuro. Os talentos continuarão surgindo. A comparação entre pilotos de diferentes épocas é saudável até determinado ponto. Afinal, devemos lembrar que o esporte evoluiu como um todo. Verstappen tem que se preocupar com o agora e se comparar com os pilotos da sua geração. E com todo respeito a Russell, Leclerc, Norris e Gasly, hoje a distância do holandês é larga.

Estamos vivenciando uma nova dinastia. Max Emilian Verstappen já é uma realidade. O grande questionamento é: ele atingirá qual patamar na história da F1?

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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