Há oito anos, um acidente aéreo matou 71 pessoas, entre jogadores, jornalistas e dirigentes da Chapecoense, que viajavam empolgados para a primeira disputa de uma final de Copa Sul-Americana. Desde então, a cidade de Chapecó, em Santa Catarina, dedica o dia 29 de novembro a prestar homenagem aos heróis do time.
Nesta sexta-feira (29/11), a Arena Condá ficará de portas abertas a familiares, amigos e torcedores das 9h às 21h.
Na parte central do gramado da arena, serão colocadas flores brancas de forma simbólica. No Átrio Daví Barella Dávi, haverá uma homenagem junto à fonte que leva os nomes das vítimas.
Por fim, à noite, um dos refletores da Arena Condá permanecerá aceso, iluminando o estádio vazio de forma simbólica pelo período de 90 minutos.
Ainda durante a noite, uma Missa Intencional será realizada na Catedral Santo Antônio, às 18h45.
“Nesta data, a saudade – que por vezes parece amena – volta com a força de um turbilhão de emoções e com a certeza do quanto são importantes as orações e a reflexão”, publicou a Chapecoense, em nota.
Acidente da Chapecoense
Em 29 de novembro de 2016, a delegação da Chapecoense viajava para Medellín, na Colômbia, para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o time do Atlético Nacional. Naquele ano, a Chapecoense vivia seu melhor momento esportivo e financeiro na história.
O voo 2933 da empresa boliviana LaMia caiu no morro El Gordo, a 35 quilômetros do aeroporto de Medellin. O avião bateu de barriga no alto do morro, capotou e se despedaçou encosta abaixo.
Ao todo, a aeronave tinha 77 pessoas a bordo. Quando as equipes dos bombeiros voluntários da cidade de La Unión conseguiram chegar ao local, quase uma hora depois, apenas sete pessoas ainda estavam vivas.
Três eram jogadores do time: o goleiro Jackson Follman, o zagueiro Helio Zampier Neto e o lateral Alan Ruschel. Dos 20 jornalistas, apenas o locutor da Rádio Oeste de Chapecó, Rafael Renzi, estava vivo.
Os outros dois sobreviventes eram tripulantes: a comissária de bordo Ximena Suárez e o técnico de voo Erwin Tumiri.
O sétimo passageiro encontrado com vida era o goleiro titular Marcos Danilo Padilha, que chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte.