O número de adolescentes apreendidos em Belo Horizonte por suspeita de atos infracionais voltou a subir depois de oito anos em queda. Somente em 2023, foram 2.005 adolescentes detidos, sendo 1.187 reincidentes . O tráfico de drogas foi o principal crime cometido pelos menores de idade.

Os dados fazem parte do relatório do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (Cia-BH), divulgado nesta quinta-feira pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O levantamento traça o perfil dos infratores. O estudo mostra que a capital mineira registrava queda no número de apreensões desde 2015, quando 5.718 adolescentes foram encaminhados para a unidade.

Os encaminhamentos reduziram até 2022, quando chegaram a 1.848 infratores detidos. No ano passado, houve um aumento de 8,4% de adolescentes apreendidos em comparação com o período anterior.

Em 2023, a maioria das apreensões foi devido ao tráfico de drogas, seguido pelo furto e pelo ato infracional de lesão corporal. Os três juntos correspondem a mais da metade do total de ocorrências. De janeiro a dezembro, houve um aumento de 10,6% nos registros em comparação com o período anterior.

Perfil dos adolescentes apreendidos

De acordo com os dados do Cia-BH, os autores são, de forma exponencial, do sexo masculino, e idade entre 15 e 17 anos.

Em Belo Horizonte, as regiões Leste, Noroeste e Oeste concentram os maiores índices de residências de adolescentes infratores. Do total de jovens detidos, 305 moravam em outros municípios da região metropolitana, 26 são de cidades do interior de Minas Gerais, e um de outro estado.

Os dias que mais concentram as ocorrências de roubos praticados por adolescentes são quarta, sexta e domingo.