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Imagem: Receita Federal/Divulgação

Distribuidoras de bebidas são alvo de operação da Receita Estadual e Polícia Civil em Minas

Oito estabelecimentos são investigados por sonegação de ICMS superior a R$ 80 milhões


Por Agência Minas

A Receita Estadual e a Polícia Civil de Minas Gerais fizeram, na manhã desta terça-feira (12/12), a primeira fase da operação "E agora, José?", de combate à sonegação fiscal de ICMS no segmento de bebidas.

Os alvos são oito empresas distribuidoras localizadas em Belo Horizonte e Contagem, suspeitas de movimentarem R$ 306 milhões em mercadorias sem o devido recolhimento do imposto.

A estimativa é que o prejuízo aos cofres públicos seja de, aproximadamente, R$ 80 milhões nos últimos dois anos.

As investigações dão conta que, no período entre agosto de 2021 e outubro de 2023, as empresas simularam operações de compras de mercadorias se beneficiando do tratamento tributário previsto no comércio eletrônico destinado a consumidores finais, mas, de fato, comercializavam os produtos de empresa para outra empresa, por vezes sem a emissão de documentos fiscais e não recolhendo o ICMS devido ao Estado de Minas Gerais.

A principal empresa alvo desta etapa da operação comprou, em pouco mais de um ano, mais de R$ 180 milhões em mercadorias, mas suas notas fiscais de vendas somam pouco mais de R$ 11 milhões, no período.

Com a inexistência de estoques na empresa, a busca e a apreensão visam identificar as empresas que compraram as mercadorias sem nota fiscal para aumentar suas margens de lucro por meio da sonegação do imposto.

De acordo com o superintendente de Fiscalização da Receita Estadual, Carlos Renato Confar, o Fisco mineiro está adotando medidas rigorosas e eficazes para combater práticas ilícitas na comercialização de bebidas, garantindo a justa arrecadação de tributos e promovendo a equidade no mercado.

“E agora, José?”

O nome da operação faz alusão ao poema do escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade, no sentido do Fisco acabando com a "festa" das empresas que agem na irregularidade.

Os trabalhos de buscas e apreensões realizados nesta terça-feira contaram com 30 auditores fiscais da Receita Estadual e 16 agentes da Polícia Civil.

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