Já está nas mãos da Prefeitura de Belo Horizonte a recomendação da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) para que a eleição do Conselho Tutelar seja anulada. O pedido foi feito devido a falhas técnicas no sistema da Empresa de Informática e Informação do Município (Prodabel), do Executivo Municipal, que provocou lentidão e desistência da população na escolha dos conselheiros.
No documento, a Defensoria recomenda que a prefeitura “interrompa imediatamente a apuração e contagem dos votos, de modo a evitar expectativas aos candidatos, bem como questionamentos sobre eventual favorecimento ou prejuízo a postulantes do cargo e, após avaliação das atas e boletins eleitorais de cada sessão, anule a fase de votação do 10º Processo de Escolha para Conselheiros e Conselheiras Tutelares de Belo Horizonte, antes da divulgação de resultado e realize novas eleições em no máximo 30 dias”.
A prefeitura de Belo Horizonte preferiu utilizar um sistema próprio, ao invés de utilizar as tradicionais urnas eletrônicas que são cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). Porém, nesse domingo, o sistema da Prodabel teve instabilidade. Falha que provocou longas filas nos locais de votação. Muitos moradores desistiram e não votaram.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou a prorrogação das eleições, o que foi acatado pela prefeitura. A votação seguiu até 18h30 feito por meio de célula impressa. “A votação está sendo realizada nas nove regionais da cidade, e os cerca de 27 mil votos já computados via urna eletrônica serão validados”, disse a prefeitura ainda na tarde de domingo.
A Administração Municipal ainda não se pronunciou sobre o pedido de anulação da Defensoria Pública.