A escolha dos novos conselheiros tutelares em Belo Horizonte será feita com cédulas de papel. A prefeitura não vai poder utilizar as urnas eletrônicas nas eleições marcadas para dezembro. A nova data foi escolhida depois que a votação foi declarada nula pelo Prefeito Fuad Noman (PSD) por inconsistências no sistema utilizado pelo Executivo Municipal.

A decisão pelo voto de papel acontece após uma reunião realizada, nessa terça-feira, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que contou com a presença de vereadores. Técnicos do Tribunal informaram que não poderão ceder as urnas eletrônicas por um impedimento legal.

Atualmente, há uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determina que as eleições deveriam acontecer de forma unificada em 1º de outubro. Além disso, para os municípios mineiros que utilizaram as urnas eletrônicas, o Tribunal gastou seis meses na preparação para as eleições.

Eleições anuladas

O processo de escolha dos conselheiros tutelares aconteceu em meio a falhas no sistema da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel). A prefeitura optou por utilizar uma tecnologia própria ao invés de utilizar as urnas eletrônicas, como a maioria dos municípios brasileiros. Devido a inconsistência, muitos eleitores deixaram de votar e voltaram para casa. Vale lembrar que o voto para o Conselho Tutelar é facultativo.

A estimativa é que, ao menos, 4 mil votos foram “perdidos” no dia das eleições.