As larvas que foram encontradas em marmitas servidas às crianças internadas no Hospital Municipal de Contagem, na Grande BH, foram plantadas. Conclusão é parte de inquérito apresentado nesta segunda-feira (16) pela Polícia Civil de Minas Gerais.
Segundo o delegado Rômulo Guimarães, responsável pelas investigações, testes da marmita inspecionada pela Polícia Civil apontam que o alimento servido no episódio não estava em decomposição. Ainda segundo o laudo, o isopor que abrigava o alimento não possibilitava um ambiente adequado para o desenvolvimento das larvas.
“As larvas não poderiam estar naturalmente naquela comida. Os laudos confirmaram que elas estavam em um tamanho de 9mm, ou seja, estavam maduras, não surgiram com os alimentos”, afirmou o delegado. Segundo ele, seriam necessários pelo menos quatro dias para que os animais atingissem o tamanho encontrado nas marmitas.
O trabalho da Polícia Civil contou com a colaboração da Fundação Ezequiel Dias (Funed), a Vigilância Sanitária de Contagem e a Universidade Federal de Viçosa.
Com a conclusão do inquérito, a Polícia Civil passa a investigar a falsa comunicação de crime, que pode render até seis meses de prisão. Não há suspeito ou motivação para a implantação das larvas nas marmitas.
O caso aconteceu em 3 de setembro, e ganhou as redes sociais após pais divulgarem vídeos mostrando larvas caminhando na comida servida a crianças do Hospital Municipal de Contagem. A Rede 98 entrou em contato com a Prefeitura de Contagem sobre resultado das investigações, e aguarda resposta.