O Ministério Público de Minas Gerais vai analisar o relatório técnico da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) que apontou as causas do rompimento da barragem do Parque Lagoa do Nado, localizado na Região Norte da capital mineira. O estudo preliminar, elaborado por uma comissão especial da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi), aponta a redução da capacidade de vazão da água como causa provável do colapso.
Os levantamentos mostraram que a diminuição foi provocada pela instalação, não autorizada, de um dispositivo para controle do nível da água. Uma sindicância foi aberta pelo Executivo Municipal para apurar a responsabilidade, a motivação e identificar quem colocou o equipamento.
O documento entregue ao Ministério Público, segundo a prefeitura, aponta que, todos os procedimentos necessários para à gestão de segurança, manutenção e operação da barragem, conforme prevê a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), estão em conformidade com a legislação.
O reservatório rompeu no último dia 13 durante um temporal na cidade. Devido ao colapso, mais de 60 milhões de litros de água vazaram e atingiram a Avenida Pedro I, que chegou a ter o trânsito interditado. Foram resgatados na área verde mais de 600 animais, sendo 459 peixes de diferentes espécies e 154 cágados e tartarugas.
Reabertura
O Parque Lagoa do Nado foi reaberto, de forma parcial, para visitação do público, nesta terça-feira. Segundo a PBH, podem ser acessados as áreas onde estão localizadas o playground, a academia a céu aberto, as quadras de peteca, de tênis e poliesportiva, a biblioteca, a lanchonete, a pista de skate, a tenda do Bosquinho, a Praça do Sol e o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional (CRCP), que também retoma suas atividades nesta terça-feira.