Minas Gerais reduziu em 57% o desmatamento de Mata Atlântica em 2023. Os dados divulgados nesta quarta-feira estão no Atlas dos Remanescentes Florestais de Mata Atlântica, que avaliou o bioma nos últimos dois anos. Neste período, foram desflorestados 14.697 hectares em todo o Brasil. O valor é 26,8% menor do que o apurado em 2021/2022, mas 29% maior que o menor valor observado na série histórica desde 1985.
O estudo é realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, com colaboração do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Quatro estados acumularam 90% do desflorestamento: Piauí, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul. Porém, Minas e Bahia estão na lista dos estados que tiveram redução no desmatamento.
O levantamento destaca a queda significativa do desflorestamento em estados tradicionalmente líderes do desmatamento, como Minas Gerais (57%), Bahia (57%), Paraná (78%) e Santa Catarina (86%).
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, afirma que os resultados acontece devido ao aumento da fiscalização ambiental e do monitoramento do bioma.
“O combate ao desmatamento é uma das nossas prioridades no estado de Minas Gerais e também um grande desafio que estamos enfrentando com muita responsabilidade, já que temos um estado tão vasto, com cerca de 32% de vegetação nativa ainda preservada e com a maior área remanescente de Mata Atlântica do país. Nosso trabalho e vigilância são contínuos, mas os números apontam que estamos no caminho certo”, destacou Marília Melo.
Queda nacional
Sobre a redução nos índices nacionais, Fundação SOS Mata Atlântica ressalta que os números interrompem um período de dois anos de perdas acima de 20 mil hectares. Porém, destaca que os 14.697 hectares suprimidos de florestas estão acima dos valores obtidos em 2018, 2019 e 2020.