A Polícia Civil está próxima de finalizar o inquérito que apura o estupro de uma jovem, de 22 anos, após um show em Belo Horizonte. O motorista de aplicativo que deixou a garota desacordada em uma rua do Bairro Santo André, na Região Noroeste da cidade, disse, em depoimento, que retornou ao local, mas não encontrou mais a passageira.
De acordo com a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo inquérito, o homem alegou que questionou o amigo da jovem, quando a viagem foi solicitada, se ele iria acompanhá-la ate o destino final. Porém, foi informado pelo solicitante que um irmão da passageira estaria no destino esperado. Inclusive, segundo o motorista, o amigo informou que a corrida estava compartilhada com um familiar da vítima.
Ainda em depoimento, o motorista alegou que tentou falar com o amigo pelo aplicativo após chegar no destino com a jovem desacordada. Também contou que chamou por vizinhos da passageira antes de deixar o local.
O homem disse, ainda, que deixou o local e voltou minutos depois. Porém, a garota não estava mais no local. Em conversa com a delegada, afirmou que acreditava que um familiar retirou ela da rua.
Celular
O motorista de aplicativo entrou à Polícia Civil o celular da vítima que foi deixado no carro durante a corrida. “O celular permaneceu no carro de aplicativo. O motorista entregou o aparelho na oitiva. Ele disse que estava na dúvida se entregava pro aplicativo, mas foi orientado pelo advogado a entregar na delegacia”, comentou a delegada.
Danúbia esclareceu que não houve tentativa de uso do cartão de crédito da vítima, como denunciado pela família dela. “A vítima, em depoimento, disse que o celular acabou bateria durante o show e que ela mesma cadastrou o cartão no celular do amigo para chamar o Uber. As cobranças que apareceram foram tentativas do amigo de solicitar outra corrida no aplicativo”, explicou.