Cidades

  1. Notícias
  2. Cidades
  3. MPMG pede a retirada de animais do Mercado Central devido ao risco de gripe aviária
Imagem: Adão de Souza / PBH

MPMG pede a retirada de animais do Mercado Central devido ao risco de gripe aviária

Ação foi encaminhada à Justiça


Por João Henrique do Vale

Os animais que são vendidos no Mercado Central de Belo Horizonte, um dos principais pontos turísticos da cidade, voltam a ser protagonistas de polêmicas. O Ministério Público de Minas Gerais solicitou à Justiça a retirada dos bichos do centro de compras. A justificativa da promotoria é a possibilidade da disseminação da gripe aviária. 

Segundo o MPMG, o pedido levou em conta a detecção em 15 de maio deste ano dos primeiros casos de gripe aviária no estado do Espírito Santo e uma portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que declarou Estado de Emergência Zoo-sanitária em todo o território nacional por 180 dias em função desta detecção. 

Citou, ainda, uma decisão do Ministério da Agricultura que suspendeu, em março, em todo território nacional, a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Já o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), responsável pela defesa sanitária em Minas, enviou ofício ao MPMG relatando preocupação com a situação do Mercado Central. “No documento, o IMA afirma que, além do grande impacto para a avicultura, o vírus da Influenza Aviária pode provocar um grave surto na população. E que a aglomeração de aves representa potencial risco de transmissão do vírus para o homem”, comentou a promotoria. 

As promotoras Fernanda Hönigmann e Luciana Imaculada de Paula afirmaram, ao fazer o pedido de liminar, que “não há dúvida sobre a intensa aglomeração de aves” no local. “E considerando a gravidade da manutenção de animais e alimentos no mesmo ambiente, haja vista a possível propagação de zoonoses e doenças, especialmente a Influenza Aviária, tendo em vista o atual surto mundial, é imprescindível que a situação dos animais abrigados no Mercado Central seja revista, não somente pelo bem-estar deles, mas também como medida de saúde pública”, afirmam. 

As representantes do MPMG afirmam ainda que “a maior preocupação, neste momento, é evitar que a gripe aviária chegue nas granjas e na criação de aves para a alimentação própria, já que a doença se espalha rapidamente entre os animais. Caso ela se dissemine, os animais precisarão ser sacrificados”. As promotoras de Justiça vão além ao afirmar, com base em situações mundiais recentes, que “não se pode perder de vista também o objetivo de evitar o surgimento de uma nova pandemia, a partir de mutações genéticas que possibilite que o vírus seja transmitido de pessoa para pessoa”

Colunistas

Carregando...


Saiba mais