Diante de um dos principais gargalos da capital mineira, a mobilidade urbana, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Superintendência de Mobilidade (Sumob), apresentou nesta terça-feira (17/12) balanço dos projetos realizados em 2024, e ações previstas para 2025 até 2028.
Entre as previsões para esta gestão, estão a aquisição de cerca de 100 ônibus elétricos, que serão incorporados à frota municipal em 2025, por meio de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com aporte de R$ 317 milhões, e a substituição de 40% da frota atual por novos veículos.
BRT Amazonas
De acordo com o superintendente da Sumob, André Dantas, entre as ações mapeadas está o projeto do BRT Amazonas, uma das principais vias do vetor oeste de BH, que consta no Plano Diretor de Mobilidade Urbana da capital mineira.
O projeto teve ordem de serviço assinada em junho deste ano, e está na fase de elaboração de estudos técnicos para a construção de mais de 24 km de faixas exclusivas e 15,2 km áreas com pistas de caminhada e baixios de viadutos.
O investimento previsto para as obras é de US$ 100 milhões, sendo US$ 80 milhões por meio de financiamento junto ao Banco Mundial (BIRD) e US$20 milhões do município.
Previsão para o Anel Rodoviário
Outro ponto destacado pela Sumob nesta terça-feira é a gestão de quase 27 km do Anel Rodoviário, que passará a ser da administração municipal, após convênio assinado entre o governo federal e a Prefeitura de BH para o repasse de cerca de R$ 65 milhões para obras em dois viadutos do Anel.
Segundo André Dantas, a PBH aguarda os recursos, que virão do PAC 3, para iniciar a primeira fase de intervenções na via, como a construção de alças de acesso entre o Anel Rodoviário e a BR-040, e a ligação com a Via Expressa.
"Operar o Anel Rodoviário exige equipamentos, pessoas, sinalização e toda uma preparação, que está sendo viabilizada entre PBH e governo federal. Portanto, estamos aguardando os recursos para seguir com as obras", disse.
Contratos com empresas
Em relação aos contratos de ônibus, o superintendente destacou que é uma obrigação da atual gestão repensar a relação entre a Prefeitura e as empresas contratadas, e entregar serviços melhores até o final de 2028.
De acordo com Dantas, em 2024, as empresas que prestam serviços de transporte público na capital mineira deixaram de receber cerca de R$ 34 milhões do orçamento previsto pela Prefeitura, em razão do descumprimento de contrapartidas previstas em contrato.
"O objetivo da Sumob é, cada vez mais, diminuir esses problemas por meio de fiscalização 24 horas e otimizar o serviço junto às empresas de ônibus", afirmou.