Já está com a Justiça o inquérito da Polícia Civil que investigou o estupro de uma jovem, de 22 anos, no Bairro Santo André, na Região Noroeste de Belo Horizonte, após um show. O suspeito do crime, de 47 anos, foi preso em flagrante pelo crime, e segue em um presídio em Ribeirão das Neves, na região metropolitana.
A Polícia Civil vai dar mais detalhes sobre as investigações em uma entrevista coletiva marcada para a manhã desta quarta-feira. Nenhum detalhe sobre indiciamentos foi adiantado pela entidade.
O principal suspeito do crime, segundo as investigações, ficou por 3 horas com a jovem, no campo do Grêmio Recreativo, também no Santo André. Ele teria caminhado por três quilômetros com a vítima nos ombros, até o local onde o estupro aconteceu.
Motoristas de aplicativo
O motorista de aplicativo que deixou a garota desacordada na rua antes do crime ser cometido, prestou depoimento no início desta semana. De acordo com a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo inquérito, o homem alegou que questionou o amigo da jovem, quando a viagem foi solicitada, se ele iria acompanhá-la ate o destino final. Porém, foi informado pelo solicitante que um irmão da passageira estaria no destino esperado. Inclusive, segundo o motorista, o amigo informou que a corrida estava compartilhada com um familiar da vítima.
Ainda em depoimento, o motorista alegou que tentou falar com o amigo pelo aplicativo após chegar no destino com a jovem desacordada. Também contou que chamou por vizinhos da passageira antes de deixar o local.
O homem disse, ainda, que deixou o local e voltou minutos depois. Porém, a garota não estava mais no local. Em conversa com a delegada, afirmou que acreditava que um familiar retirou ela da rua.
Celular
O motorista de aplicativo entrou à Polícia Civil o celular da vítima que foi deixado no carro durante a corrida. “O celular permaneceu no carro de aplicativo. O motorista entregou o aparelho na oitiva. Ele disse que estava na dúvida se entregava pro aplicativo, mas foi orientado pelo advogado a entregar na delegacia”, comentou a delegada.
Danúbia esclareceu que não houve tentativa de uso do cartão de crédito da vítima, como denunciado pela família dela. “A vítima, em depoimento, disse que o celular acabou bateria durante o show e que ela mesma cadastrou o cartão no celular do amigo para chamar o Uber. As cobranças que apareceram foram tentativas do amigo de solicitar outra corrida no aplicativo”, explicou.