O torcedor do Atlético que jogou uma bomba no campo da Arena MRV e atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, na final da Copa do Brasil, pode responder por tentativa de homicídio. As informações foram repassadas pelo vice-governador de Minas Gerais, professor Mateus (Novo), em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira.
Por meio de câmeras de segurança espalhadas pelo o estádio e também em equipamentos acoplados nas vestimentas dos agentes da segurança privada da arena, a Polícia Civil conseguiu identificar o suspeito e fez o pedido de prisão, que foi cumprido nesse domingo em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
“Ontem de manhã, uma semana depois do jogo, tivemos a prisão do indivíduo responsável pelo arremesso da bomba contra o jornalista fotográfico. Temos a demonstração que ele não arremessou somente uma bomba, são vários artefatos que foram arremessados por este mesmo indivíduo, de 25 anos, morador de Contagem, onde ele foi preso”, comentou Mateus Simões.
O homem, segundo as investigações, não faz parte de torcida organizada, porém, estava no setor de uma agremiação durante o arremesso das bombas. Segundo a Polícia Civil, o agressor comprou o ingresso de um membro de torcida organizada e entrou no estádio junto com ele. O vendedor também foi identificado nas investigações.
Segundo o vice-governador, o atual sistema de revista da Arena MRV é frágil. “Ele consegue entrar no estádio com as bombas, pois o sistema de revista é frágil. É por isso que queremos assumir este tipo de coisa em jogos mais críticos”, explicou o vice-governador.
Pedido de torcida única
O Governo de Minas pediu que o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, marcado para 4 de dezembro, seja com torcida única. O temor é de confronto entre as torcidas organizadas das duas equipes. Em 27 de outubro, um torcedor do time celeste foi morto em uma emboscada na BR-381.
“Temos um jogo ainda este ano que nos traz preocupação, que é Cruzeiro e Palmeiras, que nós já pedimos aos responsáveis que seja um jogo de torcida única. Se não for atendido voluntariamente, vamos judicializar para que a torcida do Palmeiras não frequente o estádio no próximo jogo. Não é um problema com a torcida do Palmeiras, mas estamos a menos de um mês do assassinato de um mineiro, torcedor do Cruzeiro, por membros de organizadas do Palmeiras”, comentou o vice-governador.
“Já dissemos que este tipo de situação não será mais tolerado em Minas Gerais. Daqui em diante, a partir do próximo ano, novo esquema de segurança para os jogos de maior criticidade. Com a presença da Polícia Militar, cavalaria, cães e, obviamente, da presença da Polícia Civil”, finalizou Mateus Simões.
