Não bastasse o azeite, agora é a vez do café apresentar preço recorde em novembro. Segundo indicador Cepea/Esalq, a safra do grão tipo arábica teve alta próxima dos R$ 2 mil por saca de 60 kg, acumulando valorização de 30,44% no mês. O valor foi considerado recorde desde o início da série histórica, em 1998.
O preço elevado é reflexo da escassez na produção e na colheita para o mercado interno, devido às secas e aos incêndios que atingiram o Brasil no primeiro semente do ano e, em consequência, a última safra.
A cotação também sofreu impactos de fatores geopolíticos, como as interrupções no transporte no Mar Vermelho, as possíveis tarifas americanas após a eleição de Donald Trump e a futura regulamentação da União Europeia sobre o desmatamento.
A expectativa é que a alta também afete a variedade robusta, tipo mais barato e menos aromático do que o grão arábica, condição que vai impactar os consumidores na prateleira do mercado.