Com a votação do pacote de corte de gastos obrigatórios no Congresso, e as incertezas do mercado financeiro após o Fed (banco central norte-americano) cortar a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto, em um intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, o dólar teve nova disparada e bateu recorde de R$ 6,26 nesta quarta-feira (18/12).
Na tarde de ontem, a moeda já havia renovado o recorde histórico ao fechar em R$ 6,09, após atingir R$ 6,20. Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 2,82% em dezembro. A bolsa caiu mais de 3% e atingiu o menor nível desde o fim de junho.
Em nota, o BC norte-americano afirmou que o objetivo é apoiar "efetivamente a implementação da política monetária e o funcionamento dos mercados de financiamento de curto prazo". O Fed ainda indicou que vai reduzir os juros apenas mais duas vezes em 2025.
Votação do pacote fiscal
Após recordes sucessivos da moeda americana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que o dólar deverá se acomodar em breve, e que as principais instituições financeiras têm estimativas melhores para a economia que as dos operadores de mercado.
Haddad lembrou que o Banco Central brasileiro tem intervindo para vender dólares, e que o Tesouro Nacional suspendeu os leilões tradicionais de títulos da dívida pública para fazer leilões de troca e recompra de papéis até sexta-feira (20/12).
Haddad tem discutiu com Rodrigo Pacheco a possibilidade do Senado aprovar o pacote de corte de gastos obrigatórios na próxima sexta-feira (20/12), caso a Câmara conclua a votação apenas nesta quinta (19/12).
O ministro disse estar confiante na manutenção de quase todas as propostas enviadas pelo governo, e alegou que as mudanças do Congresso não terão grande impacto.
*Com informações da Agência Brasil