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Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Desafio da dívida! Consumidor de BH segue com 90% do orçamento impactado pelo endividamento

Dado integra balanço da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e foi analisado pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio-MG


Por Lucas Rage

O endividamento afeta o orçamento de 90,3% dos consumidores belo-horizontinos. Dado integra pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e representa uma queda pequena — de 0,3%, ante o levantamento anterior.

Os números foram analisados pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio-MG, e levantam um alerta para o alto índice de endividamento da população.

Para o economista-chefe da Fecomércio, Stefan D’Amato, a falta de educação financeira, aliada à alta dos custos associados à subsistência, tem contribuído para o patamar alto do indicador. 

“Sobretudo, as dívidas do início do ano também exacerbam esse quadro, evidenciando uma falta de planejamento financeiro por parte dos consumidores”, completa.

Quando o assunto são as contas em atraso, 49,9% dos belo-horizontinos ainda enfrentam dificuldades, uma redução de 0,2% ante o período anterior. 

Pelo terceiro mês consecutivo, houve alta na parcela da população que não terá condições de quitar suas dívidas,com 11,8% dos entrevistados.

O período de atraso no pagamento das dívidas registrou um aumento, chegando a 54 dias — um acréscimo de 2 dias em relação ao mês anterior. Destaca-se um impacto mais acentuado nas famílias com renda até 10 salários-mínimos, que enfrentam um acréscimo de quase 3 dias nesse intervalo, mantendo-se no mesmo padrão observado no mês anterior. Em contrapartida, as famílias de maior renda, acima de 10 salários-mínimos, apresentam um atraso médio nas dívidas de 37 dias. 

A média do comprometimento de renda atingiu 29,4% no cenário geral, enquanto as famílias com até 10 salários-mínimos apresentaram um índice ligeiramente superior de 29,7%. Por outro lado, aquelas com renda superior a 10 salários-mínimos registraram um comprometimento menor, situando-se em 27,6%.

Em resumo, a análise realizada para Belo Horizonte sugeriu um aumento nas taxas de endividamento e períodos de atraso. As disparidades entre faixas de renda indicam desigualdades estruturais, exigindo abordagens diferenciadas. Compreender esses indicadores é essencial para orientar políticas e estratégias financeiras em busca de uma estabilidade econômica mais equitativa na cidade.

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