O Governo Federal deve bater o martelo nesta terça-feira sobre o retorno do horário de verão. A informação é do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que concedeu entrevista à Rádio 98. Ele ressaltou que o país não passa por uma crise energética. Porém, ponderou que é preciso ter uma reserva de segurança, principalmente, para horários de maior consumo de energia elétrica.
De acordo com o ministro, estudos solicitados pela pasta serão entregues nesta terça-feira. Porém, Silveira afirma que o horário de verão "é uma possibilidade real".
"O que nos leva a necessidade de avaliar o horário de verão, e eu quero aqui em primeira mão dizer que ele é efetivamente uma possibilidade real, pois no momento de ponta, quando a gente perde energia solar, que é entre 18h e 20h da noite, é exatamente quando as pessoas estão chegando em casa e tomando banho quente, ligando ar condicionado ou ventilador, ligando as lâmpadas e é o momento que o sistema é mais acionado. Em consequência da crise hídrica que nós vivemos, é o menor índice pluviométrico dos últimos 93 anos, precisamos, agora, planejar 2026, minimizar os impactos do despacho da térmica, e criar uma reserva de segurança para este horário, especificamente. E o horário de verão dilui isso", comentou.
O ministro ressaltou, ainda, que o horário de verão é positivo para alguns setores econômicos, como turismo, bares e restaurantes. Mesmo assim, afirmou que outros aspectos estão sendo analisados, como consequências à saúde pública.
Horário de verão
No Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando foi extinto em abril, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O retorno da medida chegou a ser especulada também durante a forte seca de 2023, mas na época foi descartada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).