A projeção para o fechamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano aponta elevação de 4,84% para 4,89%, considerado a atual taxa de inflação oficial do país. A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (16/12) pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A expectativa para a inflação também apontou alta de 4,59% para 4,6%, estimativa acima do teto de 3% para este ano, meta que deve ser perseguida pelo BC. Para alcançar essa meta, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para 2026 e 2027, as previsões da inflação são de 4% e 3,66%, respectivamente.
A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o BC aumentar o ritmo de alta dos juros na última reunião do ano, na quarta-feira passada (11/12). O órgão informou que elevará a taxa Selic em um ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem.
Esse foi o terceiro aumento seguido da Selic e a alta consolida um ciclo de contração na política monetária. A taxa retornou ao nível de dezembro do ano passado, quando estava em 12,25% ao ano.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 3,39% para 3,42%. No terceiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) subiu 0,9% em comparação com o segundo trimestre. De acordo com o IBGE, a alta acumulada no ano, de janeiro a setembro, é de 3,3%.
Para 2025, a expectativa para o PIB é de crescimento de 2,01%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2% para os dois anos.