Começa a valer nesta sexta-feira a a redução de R$ 0,13 no litro da gasolina vendida a distribuidoras de combustíveis. A queda no valor foi anunciada nessa quinta-feira pela Petrobras. Com a queda do preço, de 4,66%, o litro passará a custar R$ 2,66.
Como a gasolina vendida nas bombas tem adição de 27% de etanol anidro, a parcela do preço da Petrobras no preço do combustível vendido nos postos de gasolina será de R$ 1,94 por litro.
Segundo a Petrobras, caso os demais agentes da cadeia do combustível (distribuidoras e postos) mantenham os valores de suas parcelas, o preço médio ao consumidor final poderá atingir R$ 5,33 por litro, com base na última pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”, diz a empresa em nota.
De acordo com o comunicado, “a redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”.
Posição do Minaspetro
O Sindicato do Comercio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) ressalta que a queda depende do repasse das distribuidoras. “O anúncio da redução da Petrobras foi na gasolina A, e misturado ao etanol ele vai gerar um impacto de R$ 0,09 no custo de distribuição. As distribuidoras precisam passar isso para os postos, que são o último elo da cadeia, para que seja repassado para a bomba e o consumidor final”, explicou o presidente da entidade, Rafael Macedo.
Macedo ressaltou, ainda, que a redução mostra que a Petrobras alterou a política de preços dos combustíveis, abandonando a paridade internacional. “Interessante observar neste anúncio da Petrobras é que ela abandona a política internacional de preços e a paridade internacional. Uma vez que o mercado externo apontava para os valores do combustível para outra direção. É um anúncio que no final é ótimo não só para o consumidor, mas para o revendedor que sempre luta para um preço mais baixo. O que acontece que ele pega o mercado um pouco desprevenido, pois não há clareza de quais serão os critérios para a precificação a partir de agora”, disse.
