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Imagem: The Royal Family / Reprodução / Twitter

‘The London Bridge is Down’ - entenda a operação que teve início com a morte da Rainha Elizabeth II

Protocolo prepara, não só a realeza, mas políticos, imprensa, forças de segurança e súditos para a sucessão ao trono


Por Lucas Rage

“The London Bridge is Down”. A frase (traduzida literalmente como “a Ponte de Londres caiu”) pode parecer críptica para aqueles que não conhecem as idas e vindas da Realeza Britânica.

A junção dessas cinco palavras dão início ao protocolo de sucessão ao trono da Inglaterra, e foram anunciadas na tarde desta quinta-feira (8) após a confirmação do falecimento de Elizabeth II, que aqueceu o trono britânico por nada menos que 70 anos (completados este ano, diga-se de passagem).

Da mudança abrupta na programação da BBC de Londres à mudança na vestimenta de seus apresentadores (que passaram a vestir preto), tudo indicava o início do ‘Protocolo London Bridge’, nas primeiras horas da tarde.

Entenda o plano

Com a confirmação da morte da monarca, o primeiro-ministro foi alertado com a frase “secreta”. No caso, a destinatária da mensagem “The London Bridge is Down” foi ninguém menos que a nova premiê britânica, Liz Truss, que completa hoje 3 dias no cargo.

Na sequência, são colocados avisos nos portões do Palácio de Buckingham, casa oficial da Realeza Britânica. Lembrando que a morte de Elizabeth II aconteceu no Palácio Balmoral, residência de veraneio da realeza na Escócia.

A partir daí inicia-se o protocolo para os dias que sucedem a morte da Rainha, classificado como “Dia D”. 

São parte do protocolo: 

  • o envio de um comunicado aos 15 países governados pela Realeza Britânica, bem como outros 38 países do chamado Commonwealth, onde é devida a ela reverência;
  • a colocação a meio mastro das bandeiras em Whitehall — sede administrativa do Reino Unido — . Enquanto isso, a primeira-ministra faz seu primeiro pronunciamento oficial e programa a sucessão do novo rei.

A partir daí, é convocado um “conselho de adesão”, que se reunirá com Charles para proclamá-lo “O Novo Rei” (no caso, Charles III). Isso precisa acontecer na sexta-feira (9), para que o trono não fique vago por muito tempo.

Neste ínterim, a “vida política” da Inglaterra é “pausada” por 10 dias. Os trabalhos não acontecem até que o novo rei seja colocado a par da situação — o que acontece em uma reunião entre a primeira-ministra, o sucessor e integrantes do governo.

Com Charles proclamado Rei, o corpo de Elizabeth II faz a viagem de Balmoral para Londres, onde os preparativos para o velório se iniciam. Enquanto isso, Charles inicia uma “viagem de condolências”, quando visita todos os países que devem aliança ao Reino Unido.

No quarto dia após a morte de Elizabeth II, começam os ensaios para o velório real, com uma procissão do caixão da monarca do palácio de Buckingham para o palácio de Westminster, sede do Parlamento inglês.

Com o caixão instalado em Westminster Hall, dá-se uma celebração religiosa em homenagem a Elizabeth II. A previsão é de que isso aconteça no quinto dia de morte da monarca.

A partir daí, o corpo da monarca fica exposto para a visita de seus súditos. Essa visita acontece por um período de 3 dias, com a venda de ingressos aberta ao público.

No décimo dia de morte da Rainha, o Funeral de Estado é realizado, na Abadia de Westminster. É proclamado Dia de Luto Nacional, com o decreto de 2 minutos de silêncio em todo o país, ao meio-dia. O corpo de Elizabeth II segue em procissão até o Castelo de Windsor, onde será sepultado ao lado de seu pai, Rei George IV.

Deste ponto em diante, o retrato real de Elizabeth é exposto em todas as prefeituras do Reino Unido, pelo período de luto de 1 mês. O quadro é adornado com fitas pretas. Após esse período, o quadro é trocado pelo de seu sucessor (no caso, Charles III).

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