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Imagem: Robson Santos / Sisema

Minas adota prevenção a incêndios florestais como prioridade e se antecipa ao período seco

Estado utiliza queimas prescritas em parques estaduais ainda no primeiro semestre, quando vegetação está mais úmida e o fogo pode ser mais facilmente controlado


Por Agência Minas

Minas Gerais já é referência em políticas estaduais de prevenção e combate a incêndios florestais e o planejamento e a execução de ações no estado começam bem antes do chamado período crítico de estiagem, que compreende os meses de agosto, setembro e outubro.

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) promove ações de Manejo Integrado do Fogo nas Unidades de Conservação (UCs) mineiras, envolvendo aspectos que vão desde a preparação, a prevenção, a supressão e até o uso do fogo como uma ferramenta para prevenir incêndios de grandes proporções.

Desde 2020, o uso intencional de fogo é uma prática regulamentada no interior e no entorno das áreas de preservação estaduais. Os meses que antecedem o período seco são propícios à realização das queimas prescritas, já que a vegetação está mais verde e úmida, o que propicia um maior controle do fogo.

Integração

O Manejo Integrado do Fogo leva em conta a relação de dependência evolutiva do fogo nos biomas onde será empregado, adotando medidas prévias de proteção dos recursos hídricos, da fauna e da flora existentes na área.

Os parques estaduais do Rio Preto e do Biribiri, na região do Jequitinhonha, são duas unidades que executaram a queima prescrita nas últimas semanas. Com cobertura vegetal predominantemente de Cerrado, os gerentes têm um planejamento integrado entre as duas unidades e trabalham de forma conjunta no manejo do fogo.

"No ano passado, já fizemos um planejamento muito abrangente, de mais de 500 hectares distribuídos em várias áreas. Agora, estamos em uma época muito favorável para trabalhar com esse fogo de baixa intensidade no final de abril. Tivemos março muito chuvoso, deixando a vegetação encharcada", diz o gerente do PE Biribiri, Rodrigo Zeller.

Gerente do PE do Rio Preto há 30 anos, Antônio Carlos Godoy, o Tonhão, já viu grandes incêndios e inúmeras formas de tentar combatê-los e preveni-los. Para ele, o Manejo Integrado do Fogo é até agora o método mais acertado.

"O fogo que acontece de agosto a outubro, quando as secas prolongam mais, carboniza tudo. O Manejo Integrado do Fogo veio para nos dar a liberdade de fazer planos de queimas prescritas dentro das unidades de conservação, preservando muito mais esses parques", pontua.

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