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O Vale do Aço: sua história e importância para o Brasil

Hoje eu miro os holofotes sobre essa importante região de Minas Gerais


Ênio Fonseca

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Engenheiro Florestal especialista em gestao socioambiental. CEO da Pack of Wolves Assessoria Socioambiental, Conselheiro do FMASE. Foi Superintendente do Ibama, Conselheiro do Copam e Superintendente de Gestão Ambiental da Cemig. Membro do IBRADES , ABDEM, ADIMIN, da ALAGRO E SUCESU


A Região do Vale do Aço está situada no interior do estado de Minas Gerais, no Vale do Rio Doce, e compreende os municípios de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo, além de outras 24 cidades.

É uma região de grande importância econômica e social em virtude da presença de grandes empresas como Aperam South America (antiga Acesita), Cenibra e Usiminas, se destacando pela produção de aço, aço inoxidável e produtos metal mecânicos.

Segundo a estimativa do IBGE (2020), a região do Vale do Aço conta com uma população total de 776 mil habitantes sendo Ipatinga: 265 mil a mais populosa. O PIB desta região é de R$ 18,6 bilhões, correspondendo a 3,4% do PIB do Estado, gerado 55% pelo setor de serviços, indústria - 42% e agropecuária - 3%.

Em um artigo recente de Raquel Luciano, visualizado no site Cidades Mineradoras, podemos conhecer um pouco da história do Vale do Aço, do qual transcrevo algumas partes:

“Os esforços para explorar o Vale do Rio Doce em busca de minerais valiosos começaram durante o século XVI, mas provaram ser infrutíferos. No século XVII, os colonos foram proibidos de se estabelecer na área e criar novas rotas que permitissem o transporte de ouro da região central de Minas Gerais pelo rio Doce e seus afluentes, a fim de evitar o contrabando”.

“Em 1755…, foi construída uma estrada ligando Vila Rica (atual Ouro Preto, então capital da província de Minas Gerais) a Cuieté. A estrada destinava-se ao transporte de ouro extraído da região do atual município de Conselheiro Pena, mas as reservas de ouro foram esgotadas em 1780. Consequentemente, a estrada foi reaproveitada como uma rota entre Ouro Preto e uma prisão localizada em Cuité, daí seu nome , Estrada do Degredo.

Devido à vastidão das florestas a área ficou conhecida a princípio como Vale Verde. Posteriormente, a locação da Estrada de Ferro Vitória a Minas entre 1911 e 1929 favoreceu a colonização, mas foi a instalação da Belgo-Mineira em Coronel Fabriciano, em 1936, a responsável por acelerar o desenvolvimento populacional, o desmatamento e a construção de casas, estabelecimentos e ruas. A implantação da Acesita (em Timóteo) e Usiminas (em Ipatinga), nas décadas de 1940 e 50, respectivamente, também trouxe infraestrutura básica e espaços de lazer à população e consolidou a integração das atuais cidades, cujos territórios encontravam-se subordinados a Coronel Fabriciano até 1964.

Em 1974, foi criada a Associação Municipal da Microrregião do Vale do Aço (AMVA). A unidade geopolítica” Vale do Aço” foi reconhecida pela Lei Complementar nº 51, de 30 de dez/98, sendo transformada em Região Metropolitana pela Lei Complementar nº 90, de 12 de janeiro de 2006.

A partir da instalação da Cenibra Florestal, na década de 1970, viabilizou-se a produção de celulose e papel o que permitiu a produção em larga escala de madeira plantada, de grande importância na absorção de CO2, auxiliando na diminuição do aquecimento global.

A Região tem atrativos como o Parque Estadual do Rio Doce, o Parque Ipanema e a Serra dos Cocais com destaque para o artesanato e os grupos de congado das comunidades rurais e os espaços culturais, a exemplo da Fundação Aperam-Acesita e o Centro Cultural Usiminas. 

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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