A quantidade de fumaça no ar por conta das queimadas ao redor do Brasil pode gerar grandes problemas futuros para a população brasileira.
De acordo com a epidemiologista Ubirani Otero, chefe da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a fumaça pode levar a um aumento do número de casos de câncer nas próximas décadas. Em entrevista à Agência Brasil, ela considerou o cenário atual como "muito preocupante", e destaca que a prevenção precisa ser feita com velocidade e eficiência.
“Se a gente não prevenir essas questões hoje, a gente corre risco de ter um aumento dos tipos câncer relacionados ao sistema respiratório em um futuro próximo”, diz Ubirani Otero.
A epidemiologista explica que a fumaça proveniente dos incêndios florestais é formada por inúmeros compostos químicos, o que a tornam cancerígena.
Em Minas Gerais, apenas nas últimas 48 horas, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado registrou 500 queimadas, uma média de um registro a cada quatro minutos. O Corpo de Bombeiros ainda combate as chamas que se espalham por 10 unidades de conservação.