O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o anfitrião da abertura da Cúpula de Líderes do G20, que ocorreu nesta segunda-feira (18/11), no Museu de Arte Moderna (MAM), situado no Aterro do Flamengo, no Rio.
Lula recebeu os líderes das principais potências mundiais, entre eles, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da China, Xi Jinping, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente argentino Javier Milei.
Na abertura do evento, o presidente brasileiro lançou uma das suas principais bandeiras, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que contou com a adesão de 82 países e 66 organizações. A Argentina, que inicialmente não estava na lista, anunciou adesão durante o evento.
"Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Este será o nosso maior legado", afirmou Lula.
Tensão entre Brasil e Argentina
A tensão política e econômica entre Brasil e Argentina ficou evidente não apenas pela postura de Lula e Milei durante a chegada do presidente argentino, mas principalmente pela aversão do país vizinho em fazer parte da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Até o início da Cúpula, a Argentina era o único país do G20 a não aderir à aliança, mas Milei voltou atrás e anunciou adesão durante o evento.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi recebido com pelo presidente com cordialidade, embora tenha gerado especulações sobre a saúde do líder americano.
Na agenda dos líderes para esta segunda-feira estavam previstas sessão dedicada às propostas para o combate à fome e à pobreza, e o debate sobre a reforma das organizações multilaterais de governança global, uma das bandeiras prioritárias para a presidência brasileira do G20.
Durante o evento, Lula busca aumentar a representatividade de países em desenvolvimento nas principais decisões globais.