A Polícia Civil de São Paulo prendeu o segundo torcedor do Palmeiras suspeito de envolvimento na emboscada que causou a morte de um torcedor do Cruzeiro, no dia 27 de outubro. O homem foi detido nesta terça-feira (26/11).
Além de uma pessoa morta, o ataque deixou 17 feridos, todos torcedores da equipe celeste. A emboscada ocorreu na Rodovia Fernão Dias, próximo à cidade de Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo.
O suspeito foi preso na cidade onde aconteceu o ataque. Ele foi levado ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi ouvido e permanecerá detido.
O homem preso nesta terça-feira se junta ao integrante da Mancha Alviverde, Alekssander Ricardo Tancredi, preso no dia 1º de novembro, também por envolvimento no ataque. Alekssander foi indiciado pelos crimes de homicídio, lesão corporal, dano, tumulto e associação criminosa.
Segundo os responsáveis pela segurança pública de São Paulo, o DHPP e a 3ª Delegacia de Investigações de Homicídios Múltiplos (tentados ou consumados) seguem investigando o ataque, e novas prisões podem ocorrer.
A emboscada
No domingo dia 27 de outubro, uma briga entre torcidas organizadas do Cruzeiro e do Palmeiras deixou um morto na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, cerca de 150 pessoas entraram em confronto na praça de pedágio, armadas com barras de ferro e pedaços de pau. Os cruzeirenses voltavam de Curitiba, onde acompanharam o jogo contra o Athletico-PR, enquanto os palmeirenses retornavam da partida contra o Fortaleza, em São Paulo.
Além da vítima fatal, ao menos 12 torcedores cruzeirenses ficaram feridos e foram levados ao Pronto-Socorro Anjo Gabriel, em Mairiporã. Um dos ônibus que transportava torcedores do Cruzeiro foi incendiado.
Nas redes sociais, diversos vídeos mostram o momento da briga e os torcedores cruzeirenses feridos à beira da rodovia. Em nota enviada à Rede 98, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Os confrontos entre torcedores do Cruzeiro e do Palmeiras são recorrentes, e este episódio pode ter sido motivado por vingança, já que, há dois anos, o presidente da principal torcida organizada do Palmeiras foi espancado em uma briga na mesma Fernão Dias, em Carmópolis.
O que diz a Mancha Verde?
Em nota publicada nesta segunda-feira (28), a Mancha Verde negou participação no ataque e afirmou estar sendo “injustamente apontada” como responsável pela emboscada.
“Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alviverde não participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45 mil associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores”, diz a nota.
A torcida organizada afirmou ainda que “repudia toda e qualquer forma de violência” e reafirmou o compromisso com “a segurança e a convivência entre torcedores”.
“Estamos à disposição das autoridades para colaborar plenamente com as investigações, auxiliando na identificação e punição dos responsáveis por mais esse incidente fatídico e lamentável ocorrido na madrugada deste domingo”, finaliza a nota.