Costumo brincar (seriamente), que não sou jornalista, estou jornalista, porque, profissionalmente, me considero empresário, já que minha principal fonte de renda e ocupação.
Como todo empresário que se preze não gosto de impostos excessivos e abusivos. Entendo que cumpro minha função social gerando emprego e renda, e a tributação deveria ser complementar, não confiscatória como ocorre no Brasil.
Zema
Não escondo minha admiração pela gestão do governador Romeu Zema, principalmente neste novo mandato, tendo o professor Mateus Simões como vice. Ambos, a meu ver, representam o que há de melhor dentre as novas lideranças políticas do estado.
Porém, admirar a gestão do “Chico Bento” não significa concordar com tudo, principalmente certos posicionamentos políticos. E também, especialmente, na questão da majoração em 2% do ICMS sobre produtos “supérfluos”.
Arrecadação
Quando o tema é arrecadar, nossos governantes não têm ideologia. Herdam, sucessivamente, caixas arrombados por gestões anteriores e sempre buscam aumentar os impostos sem, contudo, reformar a administração e cortar custos.
O ICMS, em Minas, em diversos setores, é o mais alto do país. Desde o governo Anastasia, houve um acréscimo de 2% na já estratosférica alíquota máxima de 25% para os produtos considerados supérfluos. E tal acréscimo vinha sendo renovado sucessivamente.
Oposição
Não é segredo para ninguém a oposição intransigente e, eu diria, irresponsável que Zema enfrentou durante todo seu primeiro mandato. Inclusive, tendo de recorrer ao STF em diversas oportunidades, para conseguir tocar o estado.
Por conta deste cenário político adverso, Minas teve de recorrer ao Supremo para conseguir aderir ao RRF (Regime de Recuperação Fiscal) aberto pela União, já que o governador Fernando Pimentel (PT) fez o grande favor de pulverizar as finanças do estado.
Equilíbrio
Para conseguir, ou ao menos tentar o equilíbrio fiscal, o governo Zema tenta readicionar ao ICMS os 2% que citei acima, que não foram renovados anteriormente. Há quem considere isso, como eu, aumento de imposto. Há quem defenda o contrário. É do jogo! Porém…
Certos opositores atacam o governador por causa disso. Seria compreensível, claro, se estes mesmos opositores não tivessem feito o mesmo quando o governo era tocado por seus partidos - hipocrisia pouca é bobagem, hehe. Agora, o que dá raiva de verdade, é a lacração barata.
Luísa Mell
Falar até papagaio fala, a gente sabe. Mas falar merda, na boa, precisa ter limite. Quando uma YouTuber, influencer, subcelebridade, sei lá o nome disso, hoje em dia, se mete a opinar sobre o que não faz a menor ideia, é osso!!
Uma coisa é criticar impostos e a inclusão de ração animal na categoria de supérfluos, coisas que eu concordo, outra, bem diferente, é fazer terrorismo sobre algo banal. A moça diz que haverá “aumento substancial de tributos”. Oi? 2%?
Irresponsabilidade
Tenho certeza de que a militante dos pets não conhece o assunto, afinal, não conhece nem sequer a alíquota do ICMS e sua legislação, pois afirma que “esse aumento irá se espalhar por o todo o país se for aprovado”. Caramba! É um assunto de Minas, minha senhora.
A valente também disse que estão ligando para ela, chorando, tutores, protetores, ONGS, pois estarão “ferrados” (sim, ela disse ferrados) por conta do aumento dos preços das rações. Meu Deus! Os donos e cuidadores de pets irão quebrar, segundo Mell, por causa de 2% a mais de ICMS.
Lacração
Esse tipo de opinião - e de pessoa - é uma das causas do momento político do país. Gente extremista, sem fundamento, ignorante, mas seguida e ouvida por milhares (às vezes milhões), que “opina de orelhada”, causa asco em quem pensa com mais de dois neurônios.
Daí, ao invés de adesão a uma boa causa, acaba gerando efeito contrário. Sugiro a essa moça um pouco mais de estudo e conteúdo, e um pouco menos de estridência e lacração barata.
Fará bem à sua causa, ao debate e, no limite, ao próprio país.