Opinião

  1. Notícias
  2. Opinião
  3. Zanin não faz o L, e já é fascista e genocida na Austrália
Imagem: Carlos Moura / SCO / STF

Zanin não faz o L, e já é fascista e genocida na Austrália

Ao votar contra a descriminalização do porte de drogas, o ministro indicado por Lula tornou-se alvo da fúria das esquerdas, coitado


Ricardo Kertzman

Notícias

Empresário, colunista e contestador por natureza. Reza a lenda que, ao nascer, antes mesmo de chorar, discutiu com o obstetra e reclamou do hospital. Seu temperamento impulsivo só não é maior que seu imenso bom coração


Amigo e ex-advogado de Lula, alçado a ministro do Supremo por ordem e graça de Sua Santidade o Presidente, Cristiano Zanin “causou” nesta quinta-feira (24) por votar contra a descriminalização do porte de drogas. Explico.

A turma de esquerda, dita “progressista", é historicamente favorável à pauta, e esperava do amigão do L que… fizesse o L. Mas o moço não fez, e agora é alvo da fúria extremista, tal qual ocorre do lado de lá do balcão.

Quando um ministro indicado por Bolsonaro vota desconforme o esperado pela tigrada, imediatamente se torna comunista e é convidado a se mudar para Cuba ou Venezuela. Zanin descobriu que é fascista, genocida e bolsonarista, coitado.

Porém, ninguém pode acusá-lo de “vender gato por lebre”. Durante a sabatina obrigatória por que passam os candidatos ao STF no Senado, o então advogado deixou claras suas aspirações, digamos, conservadoras. Fez arminha, hehe.

Ele parece contrário ao pensamento das esquerdas sobre drogas, gênero, aborto e o tal “princípio da insignificância”. E vocês sabem: não pensa comigo é meu inimigo! Por isso a reação em cadeia (contrária) nas redes sociais.

Irônica, contudo, é a posição da direita, ainda que esperada. O olhar desconfiado sobre Zanin deu lugar a elogios entusiasmados: Comemora-se, inclusive, a “independência” do magistrado. Çey.

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
Colunistas

Carregando...

Saiba mais