Ocorreu na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG, nesta quinta-feira (10), uma reunião para discutir o impacto do fechamento do Aeroporto Carlos Prates na economia de Belo Horizonte e a extinção do ecossistema aeroportuário de formação profissional e de tecnologia em manutenção de aeronaves.
A mesa debatedora contou com o Presidente da Câmara da Indústria Automotiva e Mobilidade da FIEMG, Valentino Rizzioli, o Diretor Regional do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores - Sindipeças – MG e Vice-presidente da FIEMG, Fábio Sacioto, o presidente da Associação Voa Prates, Estevan Velasquez, os vereadores Bráulio Lara e Jorge Santos, além de representantes de outras entidades interessada à reabertura do aeroporto.
A importância para o desenvolvimento econômico de BH e o início de um futuro processo de mobilidade aérea pautaram a discussão da noite. Segundo o vereador Bráulio Lara (NOVO), o prefeito Fuad Noman tem agido de forma errônea quanto à extinção do Carlos Prates na Capital. “BH tem virado campeã de tirar coisas daqui. Estamos cometendo um erro que vai ficar para a história, aliás, história que é escrita há 80 anos. Nós estamos na terra de Santos Dumont (referindo-se ao aeroporto)”, ressaltou.
Ainda de acordo com Lara, a ideia de Noman de tornar o local uma área para moradias populares é um jogo político. “Todos nós sabemos da importância das políticas habitacionais, mas sabemos que existem outras áreas na cidade muito mais vocacionadas para isso, inclusive, revisitando os próprios imóveis parados que são patrimônio da União e são adequados para esse tipo de política”, acrescentou.
Voa Prates apresenta proposta
Para contrapor a pré-proposta da prefeitura para a área do Carlos Prates, o presidente da Associação Voa Prates, Estevan Velasquez, em consonância com a FIEMG, além de outras entidades, propôs uma carta, que deve ser enviada ao Executivo Municipal, com alternativas para a reativação do aeroporto como um modal social. A ideia é, para além de manter o funcionamento do Carlos Prates, transformar o Hospital Alberto Cavalcanti, localizado ao lado do aeroporto, em um centro especializado em emergências e transplantes; criar uma nova sede para a FIEMG; desenvolver o primeiro hub de e-VOLTs (veículos elétricos que voam com decolagem e pouso vertical); e a revitalização e criação de mais equipamentos que comporiam o modal.
O Voa Prates ainda planeja estreitar parcerias com FIEMG, SESI e SENAI para a criação de ações sociais e institucionais para o ensino profissionalizante tecnológico, capacitação empresarial, aperfeiçoamento profissional e pesquisa em tecnologia e inovação. “O aeroporto em qualquer momento, dependendo das decisões políticas, pode retornar. Quero deixar isso bem claro, para que ninguém mais continue falando que ele acabou. Nossa proposta é impulsionar a economia local, resgatar seus 80 anos de história e oferecer benefícios à sociedade”, disse Estevan Velasquez.
