Os vereadores aprovaram, nessa segunda-feira, o orçamento municipal de Belo Horizonte para 2024 com déficit de R$ 188 milhões.
A prefeitura prevê uma receita de cerca de R$ 19,6 bilhões, a serem empregados no desenvolvimento das diferentes políticas públicas municipais. O número aponta um crescimento de quase 15% em relação a 2023.
Já as despesas para o mesmo período foram fixadas em R$ 19,8 bilhões, cerca de R$ 180 milhões a mais do que a receita. O texto segue agora para sanção do prefeito Fuad Noman (PSD), acompanhado das emendas aprovadas, que destinam de recursos para a qualificação de serviços em áreas como saúde, educação, esporte, lazer, transporte, entre outras.
O presidente da Câmara, o vereador Gabriel (sem partido) apontou que esta é a primeira vez, desde 2014, que a Prefeitura envia para o Legislativo um projeto de orçamento municipal com déficit. O parlamentar destacou a necessidade de se atentar para o descompasso entre receitas e despesas, que pode impactar negativamente o dia a dia do cidadão.
A vereadora Marcela Trópia (Novo) lamentou o déficit, afirmando que ele pode comprometer o aporte em serviços, os investimentos e a conclusão de obras em curso na cidade.
Líder de governo na Câmara, Bruno Miranda (PDT) afirmou que no pós-pandemia não só Belo Horizonte, como outros entes federados, ainda têm enfrentado desafios para equacionar a execução das políticas públicas. Apesar disso, apontou o parlamentar, a “expectativa é de que com os superávits acumulados historicamente pela Prefeitura seja possível cobrir o déficit do ano que vem”.