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Imagem: Antonio Cruz / Agência Brasil

Câmara aprova projeto que torna crime “discriminar políticos”

Proposta prevê 2 a 4 anos de prisão, e foi aprovada por 252 votos a favor e 163 contrários


Por Estadão Conteúdo

A Câmara aprovou nesta quarta-feira (14) um projeto de lei que tipifica o crime de "discriminação contra pessoas politicamente expostas"

Um dos objetivos da proposta é impedir que bancos neguem crédito ou abertura de contas, por exemplo, a parentes de políticos que sejam réus em processos judiciais em curso ou condenados sem trânsito em julgado, ou seja, que ainda possam recorrer da decisão judicial. Punição pode variar de 2 a 4 anos de prisão.

A proposta é assinada pela deputada federal Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e foi aprovada por 252 votos a favor e 163 contrários.

O Novo e a federação PSOL-Rede orientaram seus deputados a votarem contra a proposta. A federação PT-PV-PCdoB liberou sua bancada. Já o PL e os dois maiores blocos da Casa, que reúnem, de um lado, Republicanos, MDB e PSB, e de outro, União Brasil, PP, PSB, PDT e PSDB-Cidadania, orientaram voto favorável à aprovação da medida

"Faz-se premente que as instituições financeiras sejam compelidas a justificar a negativa de abertura ou manutenção de conta, tendo em vista tratar-se, frequentemente, de necessidade irremediável para que o cidadão possa obter seu sustento, posto que se trata de requisito basilar para que possa exercer um emprego regularizado", diz o texto do projeto, de autoria da deputada Dani Cunha.

Relator do projeto, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), disse que a votação foi decidida no Colégio de Líderes, comandado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). "Não estamos votando em causa própria, estamos defendendo princípios constitucionais. Ou o princípio de presunção de inocência não está na Constituição?", disse Cajado, no plenário.

Para aprovar hoje o mérito do projeto, os deputados votaram antes um requerimento para tramitação em regime de urgência, o que dispensou a análise do texto em comissões da Câmara e permitiu a apreciação diretamente no plenário.

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