O pedido de cassação do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Gabriel Azevedo (Sem partido), será votado nesta sexta-feira. O plenário da Casa vai analisar a denúncia de quebra de decoro protocolado pela deputada federal Nely Aquino (Podemos), que cita suposto abuso de autoridade, agressões verbais a outros vereadores e irregularidades na CPI da Lagoa da Pampulha. São necessários 28 votos para a perda de mandato.
O grupo de oposição ao presidente do legislativo tenta manobras para ter os votos suficientes para a cassação. Nessa quinta-feira, o vereador e vice-presidente da Câmara, vereador Juliano Lopes (Agir), convocou os suplentes de Gabriel e Miltinho CGE (PDT), autor de outro pedido de cassação do presidente, para a votação no plenário.
Segundo Juliano, as convocações foram feitas com base em uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que diz que o denunciado e o denunciante não podem participar da votação de abertura do processo, uma vez que são interessados diretos no caso.
Entendimento que não é unânime dentro da Casa. Vereadores ouvidos pela Rede 98 afirmam que essa convocação não está prevista no Regimento Interno.
Novo pedido de cassação
Os vereadores também vão analisar se abrem um novo processo de cassação de Gabriel, protocolado por Miltinho. O vereador acusa o presidente da Casa de ter exposto na imprensa um pedido de cassação contra ele, que o acusava de rachadinha e nepotismo, em vez de levar o pedido pelos trâmites normais do Legislativo.