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Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Delação de Cid fundamentou pedido de prisão de Braga Netto por Moraes

Mauro Cid confirmou a tentativa do general em depoimento à PF


Por Marcelle Fernandes

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão do general Walter Braga Netto, na manhã deste sábado (14/12), teve como base a tentativa de interferência da Braga Netto na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid para a Polícia Federal, em setembro do ano passado.

Segundo a Polícia Federal, a ação de obter detalhes sigilosos sobre o depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pode ser caracterizada como obstrução das investigações.

O inquérito, que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinado por Moraes, demonstra que houve contatos de Braga Netto com o pai de Mauro Cid, o general Mauro César Lourena Cid.

Outro argumento apontado pela PF no inquérito é que, no dia 8 de fevereiro deste ano, data da deflagração da operação “Tempus Veritatis”, papéis foram encontrados na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto, que orientariam perguntas e respostas sobre delação de Mauro Cid.

A ordem de prisão preventiva, decretada por Alexandre de Moraes, é fundamentada no argumento de que "a medida afigura-se capaz de garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal e a conveniência da instrução criminal, evitando-se a continuidade do esquema criminoso deflagrado e das interferências nas investigações, que seguem em curso.”

Dinheiro na sacola de vinho

Outra novidade que Mauro Cid trouxe, na audiência no último dia 21, foi sobre o financiamento das ações de forças especiais por parte de Braga Netto.

Segundo Cid, "o general repassou diretamente ao então Major Rafael de Oliveira dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias à realização da operação."

Isso foi confirmado pela PF, que descobriu a compra de celular e carregamentos de chip, com pagamentos em espécie em estabelecimento na cidade de Brasília.

*Com informações da Agência Brasil

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