O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), concedeu sua última declaração à imprensa como presidente da casa, neste sábado (1º/02), antes do início da eleição para a nova mesa diretora, e destacou a ampla unidade de partidos em torno do nome de Hugo Motta (Republicanos-PB) para sua sucessão no cargo.
"Espero que tudo transcorra como vem acontecendo. Nós deveremos ter uma eleição tranquila, espero que rápida. Ela será feita da fala dos três candidatos à presidência da Câmara inicialmente, depois de um sorteio das posições que ocuparão na urna eletrônica", acrescentou.
Um pouco antes, ele participou da reunião que sacramentou um bloco de 17 dos 20 partidos com representação legislativa na disputa pelo comando da Câmara nos próximos dois anos.
Além dos três candidatos, apenas Lira falou durante a sessão. A expectativa é que todo o processo dure cerca de duas horas. A eleição vai definir não apenas o próximo presidente, mas também a ocupação dos outros seis cargos mais importantes do comando da Casa: 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 3º secretário e 4º secretário, bem como quatro suplentes.
Também disputam o posto os deputados Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), em candidatura avulsa, e Marcel van Hattem (Novo-RS), candidato do partido Novo.
O bloco favorito reúne o PT, partido que dirige o governo federal, e o PL, principal legenda de oposição. Os demais integrantes são PCdoB, PV, União, PP, Republicanos, PSD, MDB, PDT, PSDB, Cidadania, PSB, Podemos, Avante, Solidariedade e PRD.
Juntos, eles representam 494 dos 513 deputados federais. Apenas o Novo (4 deputados) e a Federação PSOL-Rede (14 deputados) disputam de forma separada.
Em 2023, quando foi reeleito para a presidência da Câmara, Arthur Lira também reuniu um amplo bloco de partidos em seu favor e obteve a maior votação da história, com 464 votos dos colegas. A previsão é que Motta alcance um patamar similar ou até superior ao de Lira.