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Imagem: Foto: José Cruz/Agência Brasil

Polícia Federal prende Braga Netto por plano de golpe

General e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022 ficará sob custódia do Exército


Por Redação

Ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, o general Braga Netto foi preso na manhã deste sábado (14/12) pela Polícia Federal, no Rio de Janeiro.

Ele foi detido em casa, em Copacabana, onde a PF também cumpre dois mandados de busca e apreensão. Braga Netto ficará sob a custódia do Exército. O general será entregue ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia das Forças Armadas.

As ordens de prisão preventiva por obstrução de Justiça e de busca e apreensão foram emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Braga Netto foi indiciado pela PF, junto do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid, além de outras 34 pessoas, entre ex-ministros e ex-assessores, por organizar uma tentativa de golpe de estado em 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Relembre o caso

Braga Netto é apontado pela Polícia Federal como uma figura central na tentativa de golpe. Segundo o relatório do inquérito, as chamadas "medidas coercitivas" previstas no plano Punhal Verde e Amarelo, que incluíam o planejamento operacional para ações de Forças Especiais, foram elaboradas para serem apresentadas ao general. Entre outras ações, o plano previa o assassinato de Lula e Alckmin, além da prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

"Os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento", diz a PF.

O general da reserva é um dos personagens mais mencionados no relatório de 884 páginas da Operação Contragolpe, sendo citado 98 vezes. A operação resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros 36 acusados por três crimes: tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Segundo o relatório, as "ações operacionais para o cumprimento de medidas coercitivas foram planejadas em reuniões que ocorreram na cidade de Brasília, nos meses de novembro e dezembro de 2022". Ainda segundo os federais, em reunião do dia 8 de novembro, pouco depois do segundo turno da eleição presidencial, os militares investigados ajustaram a elaboração do plano que seria exibido a Braga Netto

A defesa de Braga Netto, no entanto, afirma que ele "não tomou conhecimento de qualquer documento relacionado a um suposto golpe, nem do planejamento de assassinato de alguém". Em relação à prisão de hoje, ainda não houve manifestação oficial.

(Com agências)

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