A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou nesta quarta-feira (29), por unanimidade, o reajuste dos salários dos servidores estaduais em 3,62%.
Proposta assinada pelo governador Romeu Zema (Novo) recebeu 54 votos favoráveis e nenhum contrário, em votação de 1º turno realizada pela manhã. Texto recebe o aval dos deputados estaduais após impasse e manifestações dos servidores — principalmente aqueles ligados à educação e segurança pública.
A votação, entretanto, foi encerrada antes que fossem analisadas as emendas que podem ampliar o reajuste salarial da categoria.
Expectativa do presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB), é de que tanto a análise das emendas quanto o 2º turno da votação aconteçam na próxima semana, após o feriado de Corpus Christi.
“Nós estamos em um momento de negociação. Especialmente com o governo. Estive com o governo esta semana, a oposição também está fazendo suas cobranças legítimas. O que acontece agora é um jogo de plenário natural, que acontece também no parlamento. O importante é tentarmos construir uma revisão, um planejamento melhor do que aí está, mas às quatro mãos. Nós estamos aguardando que o governo faça suas contas, suas análises, para saber se de fato eles conseguem ou não dar uma melhoria para os servidores”, explicou.
A não votação das emendas foi criticada por parlamentares da oposição. Foi o caso da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), que chamou a falta de quórum por parte de membros da base de um gesto desrespeitoso. “[O governo] não acredita na capacidade do Legislativo de fazer o diálogo, de fazer a discussão, de propor. Ele apostou em uma versão de 3,62%. E como vai ser derrotado nessa versão, o governo talvez começa a fazer alguma sinalização. Esse processo que ele fez foi desrespeitoso. Desrespeitoso conosco, desrespeitoso com os servidores que estavam aguardando e desrespeitoso com a sociedade. Quanto tempos estávamos discutindo esse projeto? Vamos aguardar a próxima semana. A gente está aqui todo dia para votar”, afirmou.