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Imagem: Câmara Municipal / Divulgação

Reunião que votava pedido de cassação de Gabriel Azevedo é suspensa na Câmara

Sessão foi encerrada pelo presidente da Casa, após mais de 5h30 de duração


Por Erick Funes e Lucas Rage

Em dia conturbado na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o vereador Gabriel Azevedo (sem partido) conseguiu evitar a abertura de um pedido de cassação contra ele mesmo.

Em uma sessão com mais de cinco horas de duração, a reunião foi adiada para a próxima segunda-feira (4). Segundo o regimento interno da casa, reuniões plenárias não podem ter duração superior a 5h30.

Os vereadores chegaram a apreciar um pedido de adiamento da reunião, de autoria da primeira-secretária da mesa diretora, vereadora Marcela Tropia (Novo). A reunião, entretanto, foi concluída antes do fim dos encaminhamentos.

Na quinta-feira (31), Gabriel solicitou um mandado de segurança para que a justiça concedesse uma medida liminar para impedir que a sessão plenária de hoje pudesse votar um possível afastamento dele da presidência da câmara.

Caso o processo fosse aberto, os vereadores votariam se Gabriel continuaria como presidente enquanto respondesse às acusações.

Além da cassação de Gabriel, estava na pauta o pedido de cassação do Corregedor-Geral da Câmara, vereador Marcus Crispim (Podemos).

Minutos antes do fim da sessão, o vereador Juliano Lopes acusou Gabriel de estar impedindo a votação. "O senhor nunca conduziu o plenário dessa forma e está dando um vexame. Está passando dos limites", afirmou.

Já a vereadora Marcela Tropia (Novo), pediu a palavra e defendeu o presidente da Casa. "Isso aqui nada mais é do que um processo formal. Imaginem se o processo fosse atropelado... inclusive gostaria que o adiamento de duas horas fosse deferido para estudar melhor o processo. Cassação de vereador é um negócio muito sério para a gente querer acelerar em três, quatro horas. Isso porque não é a cabeça de algum de vocês aqui. O dia que for, vão pedir meses para a gente analisar com calma", afirmou.

Última a falar no púlpito, Tropia chamou a reunião desta sexta-feira de "Republicana". "Foi seguido aqui o regimento interno", afirmou ela. "Na segunda, quando analisarmos o pedido de cassação do presidente Gabriel Azevedo, ele não estará presidindo a sessão, como manda o regimento interno".

Ao final da reunião, Gabriel chamou a imprensa para um coletiva, em frente à cadeira da presidência. Em fala a jornalistas, vereador afirmou que o Legislativo Municipal está sob ameaça.

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