O Ministério Público Federal (MPF) esclareceu, na tarde desta terça-feira, que seguidores das redes sociais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não serão investigados. A nota foi divulgada após o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, receber críticas por solicitar uma lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores de Bolsonaro.
No documento publicado no site do MPF, o órgão esclarece que “o objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais”. “Essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos”, informou a procuradoria.
Ainda no documento, o subprocurador-geral da República, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos e autor do pedido, afirmou que “impõe-se dimensionar o impacto das publicações e o respectivo alcance". "Só há um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, conclui.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nessa segunda-feira (17) que as plataformas de redes sociais apresentem todas as postagens feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sobre eleições, urnas eletrônicas e assuntos envolvendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) e as Forças Armadas.
Na solicitação, Santos também quer a lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores do ex-presidente nas redes sociais. A PGR ainda pediu às redes sociais os dados sobre número de visualizações, curtidas, compartilhamentos e comentários nas postagens de Bolsonaro.
Leia a nota na íntegra
A respeito de reportagens publicadas nos últimos dois dias sobre pedido da Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal para acesso a dados relativos aos seguidores de Jair Bolsonaro em redes sociais, o órgão esclarece que essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos. O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais.
Carlos Frederico Santos - subprocurador-geral da República, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos e autor do pedido - esclarece que “impõe-se dimensionar o impacto das publicações e o respectivo alcance. Jamais iria investigar milhões de pessoas, seria até impossível fazer isso”, explica. Ele lembra ainda que, além dos admiradores ou aficcionados do ex-presidente, há pessoas que o seguem por curiosidade, informação, motivação profissional, acadêmica ou interesses diversos. "Só há um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, conclui.