O governador Romeu Zema (Novo) utilizou as redes sociais, na noite de domingo, para criticar a repercussão negativa a uma entrevista em que defendeu a atuação de um consórcio em prol dos interesses econômicos de Estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil. As falas foram em entrevista ao Jornal O Estado de São Paulo.
"Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos. Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso”, disse em entrevista.
A fala foi criticada por políticos e, também, por governadores do Nordeste que viram a fala de Zema como um “lampejo separatista”. "Enquanto Norte e Nordeste apostam no fortalecimento do projeto de um Brasil democrático, inclusivo e, portanto, de união e reconstrução, a referida entrevista parece aprofundar a lógica de um país subalterno, dividido e desigual. [...] A união regional dos estados Nordeste e, também, os do Norte, não representa uma guerra contra os demais estados da federação", comentou, por meio de nota, o Consórcio Nordeste.
Depois da repercussão, Zema foi as redes sociais e afirmou que sua fala foi distorcida. “A união do Sul e Sudeste jamais será pra diminuir outras regiões. Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades. A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil tá no trabalho em união”, finalizou.