Um dos quatro pacientes infectados pelo superfungo 'Candida auris' em Belo Horizonte morreu na última quarta-feira (16). O homem estava internado em estado grave devido a um acidente de moto e, portanto, a morte não tem relação direta com o fungo. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Ele era um dos quatro casos confirmados da doença na capital mineira. Além desse, dois pacientes já tiveram alta (um em 20/9 e outro em 2/10), e outro permanece internado. Além da SES, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte acompanham a situação.
No total, até o momento, 39 pacientes foram testados, sendo:
- 4 confirmados;
- 2 negativados que permanecem internados;
- 9 negativados que já receberam alta;
- 24 que aguardam o resultado dos exames.
A secretaria estadual reforça que o fungo tem alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele. Por isso, os casos suspeitos são mantidos em leitos isolados.
De acordo com o Dr. Estêvão Urbano, Diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, ainda não é momento para pânico, mas a atenção precisa ser redobrada.
"Ele (o fungo) infecta indivíduos em hospitais, muito debilitados e portanto mais susceptíveis a infecções graves. Então não há que se ter pânico fora das instituições de saúde. Mas se ele ocupar espaços dentro de hospitais e começar a contaminar indivíduos, isso pode gerar uma escalada muito perigosa de infecções e de mortalidade", afirma o infectologista.