A Prefeitura de Betim, na Região Metropolitana de BH, afirmou que não identificou nenhuma relação entre os casos de intoxicação registrados recentemente na cidade. Havia uma suspeita de ligação com o consumo de bebida alcoólica adulterada. Duas pessoas morreram.

Em nota, a prefeitura informou que a análise minuciosa de cada um dos dez casos monitorados - pendentes de confirmação ou não de intoxicação exógena -, realizada ontem, entre as equipes da Vigilância Epidemiológica do Estado de Minas Gerais e da Secretaria Municipal de Saúde, não identificou nenhum evento ou bebida alcoólica específica comum entre esses casos apurados.

Ainda segundo a nota do executivo municipal, nos casos em que o consumo ocorreu em ambientes coletivos, não houve relato de outras pessoas com sintomas semelhantes. Por isso, até o momento, não foram constatados vínculo epidemiológico e nem relação entre alguma bebida específica ou bebida adulterada.

O documento ressalta ainda que as amostras biológicas dos pacientes foram enviadas ao Instituto Médico Legal (IML) e as amostras de bebidas recolhidas, à Fundação Ezequiel Dias (Funed) para perícias que ainda não foram concluídas pelos órgãos estaduais. O município mantém apoio e monitoramento.

Por fim, a Secretaria Municipal de Saúde de Betim recomendou o consumo apenas de bebidas com procedência legal e registradas nos órgãos competentes.

O caso:

Os casos ocorreram na cidade de Betim, entre quinta-feira (14) e domingo (17) e a investigação busca entender se os quadros de saúde são por intoxicação exógena por possível uso de bebida alcoólica adulterada. De acordo com a Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES), os relatos apontam que todos os pacientes, atendidos na rede municipal de saúde, teriam consumido bebida alcóolica.

Um suspeito de adulterar bebidas alcoólicas, dono de um mercadinho em Betim, chegou a ser preso, mas já foi liberado. Ex-policial militar, o homem passou por audiência de custódia após ser preso em flagrante na segunda (18).