Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético, concedeu entrevista coletiva na Cidade do Galo, na manhã desta quinta-feira. O dirigente não poupou palavras e explicações para os diversos assuntos levantados.

Sobre reforços, Rodrigo Caetano rechaçou fazer contratações só para compor elenco, e ressaltou que a pretensão é dar oportunidades aos jovens da categoria de base.

“A janela de meio de ano é mais possibilidade de ajustes. Posso afirmar que, se for possível, dentro do nosso orçamento, para fazer diferença, não vamos medir esforços. Contratar para compor elenco ou qualquer tipo de aposta, não vamos fazer. Compreendo críticas, mas não vamos onerar o clube e trazer um jogador que, no nosso entendimento, não venha agregar qualidade. Vamos seguir dando espaço a garotos da base, na nossa integração, temos jogadores de bom nível e que talvez careçam de mais oportunidade”.

Nesta semana, Rodrigo Caetano foi até à CBF para conversar com a comissão de arbitragem e contestar os seguidos erros cometidos contra o Atlético. No jogo contra o Grêmio, o Atlético reclamou do gol anulado de Alan Kardec.

“Fomos com as pautas, os lances que o Galo se sente prejudicado no Brasileiro. Essa agenda estava marcada antes do gol anulado do Kardec. Marcamos essa agenda via FMF, diretamente com o Seneme, mas ele talvez, por algum compromisso ou talvez não entenda a importância do Galo, ele não estava. Estavam outros integrantes. O gerente do VAR, que hoje é o Pericles Bassols, nos explicou a metodologia, refez as linhas. Mas, na prática, não muda nada. Na nossa visão, são critérios distintos. O Galo se sente prejudicado. Mas fomos oficializar que não vamos ficar calados. E que, se tivermos que reclamar publicamente, faremos”.

Rodrigo Caetano ainda comentou sobre as declarações do ex-treinador do clbue, Eduardo Coudet, que disse que “teve a má sorte em encontrar a mesma pessoa duas vezes”, falando das passagens dos dois pelo Internacional e no Atlético. Caetano viu como ingratidão as palavras do técnico.

“Ele não teve azar de cruzar comigo. Eu que fui buscá-lo duas vezes. O fato é esse. Me surpreendeu. No Internacional, foram mais pessoas buscá-lo. Mas, no Galo, fui eu que levei para aprovação, todos entenderam que seria um bom nome. Foi no Galo que ele ganhou o primeiro título no Brasil”.

Por fim, Rodrigo Caetano não descartou uma possível saída do Atlético. O clube acertou a venda da SAF, mas reforçou que tem um bom relacionamento com o grupo dos 4 R’s.

“Todos vocês sabem que o clube passa por um momento de transformação. Isso talvez devesse ter acontecido até antes devido à asfixia financeira que o clube vem enfrentando há meses e alguns anos. Tenho contrato, temos conversado sobre continuidade ou não. É uma avaliação que não depende só de mim. O futebol é pautado por resultados. Tenho boa relação, confiança dos 4R's, o presidente Sérgio Coelho e o corpo diretivo. Penso que não é o momento de definir isso. Meu desejo pessoal é permanecer”, finalizou, Rodrigo.