O automobilismo virtual é uma forma de simular as corridas de carros em um ambiente digital, usando jogos eletrônicos e equipamentos específicos, como volantes, pedais e cockpits. Essa modalidade vem crescendo nos últimos anos, com o avanço da tecnologia e o aumento da popularidade dos e-sports.
A história do automobilismo virtual começa com os primeiros jogos de corrida, que surgiram na década de 1970, como o Gran Trak 10 e o Night Driver. Esses jogos eram simples e limitados, mas já despertavam o interesse dos fãs de velocidade. Na década de 1980, os jogos de corrida evoluíram com gráficos mais realistas e a introdução de elementos como pistas reais, carros licenciados e física mais precisa. Alguns exemplos são o Pole Position, o Out Run e o Test Drive.
Na década de 1990, os jogos de corrida se tornaram mais sofisticados e diversificados, com gêneros como arcade, simulação e rally. Alguns jogos marcantes dessa época são o Super Monaco GP, o Need for Speed, o Gran Turismo e o Colin McRae Rally. Nessa época, também surgiram os primeiros campeonatos online de automobilismo virtual, usando plataformas como a Internet Gaming Zone e a Mplayer.
No século XXI, o automobilismo virtual se consolidou como uma modalidade competitiva e profissional, com a criação de ligas, equipes, pilotos e patrocinadores. Os jogos de corrida se tornaram mais complexos e imersivos, com gráficos impressionantes, física avançada e inteligência artificial. Alguns dos principais jogos de simulação de corrida hoje são o iRacing, o Assetto Corsa, o rFactor 2 e o Project CARS.
O automobilismo virtual também ganhou espaço na mídia e no reconhecimento do público, com a transmissão de eventos ao vivo pela internet ou pela televisão. Alguns exemplos são a Fórmula E Race at Home Challenge, a F1 Esports Series, a Porsche Esports Supercup e a Le Mans Esports Series. Além disso, alguns pilotos reais participam ou apoiam o automobilismo virtual, como Fernando Alonso, Max Verstappen, Lando Norris e Rubens Barrichello.
O automobilismo virtual é uma forma de entretenimento, aprendizado e desafio para os amantes das corridas de carros. É uma atividade que exige habilidade, dedicação e espírito esportivo. É também uma forma de aproximar o público do automobilismo real, mostrando a emoção e a complexidade desse esporte.
Segundo o site Worldometer, existem atualmente cerca de 3,2 bilhões de usuários de internet no mundo, dos quais 1,8 bilhão são jogadores de videogames. Estima-se que o mercado global de esports tenha gerado $1,08 bilhão em receita em 2021 e que tenha cerca de 474 milhões de espectadores.
Uma das vantagens do automobilismo virtual é que ele democratiza o acesso ao esporte, que no mundo real é muito caro e restrito a poucos. Para participar de uma corrida virtual, basta ter um computador ou um videogame, um jogo de corrida e um controle ou volante. Não é preciso investir em equipamentos, manutenção, combustível, transporte ou licenças. Além disso, o automobilismo virtual permite que qualquer pessoa possa competir com pilotos de diferentes países e níveis de habilidade, sem sair de casa.
Foto: Arquivo/Titan Racing Team
O automobilismo virtual também oferece oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para os pilotos, que podem treinar suas técnicas, estratégias e regras em cenários realistas e desafiadores. Alguns pilotos virtuais conseguem até mesmo se profissionalizar e ganhar dinheiro com o esporte, participando de campeonatos oficiais, patrocinados por marcas e organizações. Alguns exemplos são o F1 Esports Series, o Porsche Esports Supercup e o Fórmula Heineken 0.0 by F1BC.
O automobilismo virtual também contribui para a popularização e a valorização do automobilismo real, atraindo novos fãs e admiradores para o esporte. Muitos pilotos virtuais se inspiram em pilotos reais e buscam conhecer mais sobre a história e a cultura do automobilismo. Alguns pilotos reais também se envolvem com o automobilismo virtual, participando de eventos, apoiando iniciativas ou criando seus próprios campeonatos.
Portanto, o automobilismo virtual é uma forma de democratizar o esporte, tornando-o mais acessível, inclusivo e diverso. É uma forma de aproximar os apaixonados pelas corridas de carros e de promover o automobilismo como um todo.
Um exemplo de piloto que começou no automobilismo virtual e chegou ao automobilismo real é Igor Fraga, de 22 anos. Nascido no Japão, filho de brasileiros, ele iniciou sua carreira no kart aos três anos de idade, mas enfrentou dificuldades financeiras para continuar. Foi então que ele se dedicou aos jogos eletrônicos de corrida, como o Gran Turismo, onde se destacou e conquistou títulos mundiais.
Com o apoio da Polyphony Digital, empresa que desenvolve o Gran Turismo, Igor Fraga voltou às pistas reais em 2017, disputando a Fórmula 3 Brasileira e sendo campeão. Em 2019, ele correu na Fórmula Regional Europeia e ficou em terceiro lugar. Em 2020, ele venceu a Toyota Racing Series na Nova Zelândia e foi contratado pela Red Bull Junior Team, programa que revela talentos para a Fórmula 1.
Igor Fraga também participou da Fórmula 3 em 2020 e da Fórmula Regional Japonesa em 2021. Ele acumula 35 pontos na superlicença da FIA, documento necessário para pilotar na Fórmula 1. Ele precisa de mais cinco pontos para atingir os 40 exigidos. Igor Fraga é um exemplo de como o automobilismo virtual pode abrir portas para o automobilismo real e revelar novos talentos para o esporte.
Tem o sonho de ser piloto? sua hora chegou. Comece a treinar e venha para os campeonatos para competir, fazer amigos e se divertir.
