A Exposibram 2023 aconteceu em Belém, entre os dias 28 e 30, numa iniciativa do Instituto Brasileiro de Mineração- IBRAM, e reuniu na Feira, cerca de milhares de visitantes, tendo o Congresso recebido mais de 1000 participantes.
O evento é realizado anualmente, ora em Belo Horizonte, ora no Pará, os dois mais importantes estados do setor mineral.
Durante o evento o IBRAM, lançou o documento “Panorama da Mineração do Brasil 2023, que traz informações relevantes sobre o desenvolvimento da indústria mineral, com dados sobre produção, faturamento, sustentabilidade, gestão de pessoas, entre outros.
“O setor mineral é reconhecido pelos seus atos em benefício da sociedade, da economia e da prosperidade do país. Necessitamos deixar tudo o que fazemos registrado, de modo a ser possível a qualquer pessoa acompanhar a evolução da atuação e dos resultados e como eles impactam positivamente a qualidade de vida”, afirmou o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, no documento, que pode ser acessado em www.panoramamineracao.com.br
O Secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Vitor Eduardo Saback, afirmou no prefácio da edição que: “A mineração é uma força propulsora de desenvolvimento para o Brasil. Com infraestrutura, disponibilidade de energias limpas, segurança jurídica e crescente comprometimento com os princípios ESG, o País já tem reconhecida posição de destaque no cenário da indústria mineral mundial, posicionando-se como um player global de produção de bens de minério de ferro, nióbio, bauxita e grafita. Mas ainda há muito espaço para crescer”.
O faturamento do setor mineral no Brasil no primeiro semestre de 2023 foi de R$ 120 bilhões, um aumento de 6% em comparação ao mesmo período de 2022 (R$ 113,2 bilhões).
Os tributos e encargos recolhidos totalizaram R$ 41,4 bilhões, e a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) foi de R$ 3,4 bilhões.
O saldo da balança comercial do setor mineral foi de US$ 13,66 bilhões, representando 30% do saldo total da balança comercial brasileira, sendo que o setor gera mais de 206 mil empregos diretos e 2 milhões indiretos.
A reputação do setor junto ao público geral, no relatório de 2023, se situou no patamar 63,1% considerado mediano.
Dentre os muitos temas tratados no evento mereceram destaque os seguintes:
- Como a materialização do ESG contribui para o desenvolvimento sustentável da mineração;
- A inovação como um dos principais aspectos do futuro da atividade mineradora;
- A importância da Segurança de Processos na Mineração e Metas a Nível Global, incluindo o gerenciamento de barragens;
- Os novos rumos da mineração e a transição energética na América-Latina;
- A mineração como peça-chave para o Brasil liderar a transição energética;
- Como alavancar a diversidade e inclusão na pauta estratégica do negócio;
- O fortalecimento da Agência Nacional de Mineração (ANM) e sua produção normativa e situação operacional;
- Como a Inteligência Artificial está revolucionando a indústria de mineração no Brasil;
- Necessidade de otimização do processo de licenciamento ambiental.
O Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, lançou no evento, numa reunião com os presidentes de Associações setoriais, a semente da criação de uma coalizão com dezenas de entidades do setor mineral para estabelecer linhas de ação, com o objetivo de abrir novas oportunidades de expansão sustentável da indústria, bem como para agir mais efetivamente contra fatores que têm prejudicado a competitividade e o ambiente de investimentos e de negócios da mineração brasileira.
A Associação de Mineradores de Ferro do Brasil- AMF foi uma das Associações que participou da reunião dos Presidentes de Entidades Setoriais, e aplaudiu a iniciativa da criação desta Coalizão .
Na sequência da Exposibram, o IBRAM realiza dias no mesmo local, nos dias 30 e 31 a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias .Ao abrir o evento, o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, destacou o compromisso do setor mineral em superar o maior desafio enfrentado pela atual e pelas futuras gerações: a crise do clima. “A superação da crise climática é algo que nos toca e convoca a responsabilidade de todos. A Amazônia é algo que nos pertence, mas também é algo que importa a todo o mundo¨.